PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS
Author: MaisReceitas.com
Ingredientes
Preparação
  1. PLANTAS MEDICINAIS E
  2. AROMÁTICAS
  3. INTRODUÇÃO
  4. O uso de plantas
  5. medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos
  6. tempos. Dados da Organização Mundial de
  7. Saúde (OMS) mostram que cerca de 80% da população mundial fez o uso de
  8. algum tipo de erva na busca de alívio de alguma sintomatologia dolorosa ou
  9. desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por indicação médica. A
  10. utilização de plantas medicinais, tem inclusive recebido incentivos da própria
  11. OMS. São muitos os fatores que vêm colaborando no desenvolvimento de práticas
  12. de saúde que incluam plantas medicinais, principalmente econômicos e sociais.
  13. "As plantas medicinais brasileiras não curam
  14. apenas, fazem milagres".
  15. Com esta célebre frase, Von Martius definiu bem a capacidade de nossas ervas
  16. medicinais. É bem provável que das cerca de 200.000 espécies vegetais que
  17. possam existir no Brasil, na opinião de alguns autores, pelo menos a metade
  18. pode ter alguma propriedade terapeutica útil à população, mas nem 1% dessas
  19. espécies com potencial foi motivo de estudos adequados. As pesquisas com estas
  20. espécies devem receber apoio total do poder público, pois, além do fator
  21. econômico, há que se destacar a importância para a segurança nacional e
  22. preservação dos ecossistemas onde existam tais espécies.
  23. Muitas substâncias
  24. exclusivas de plantas brasileiras encontram-se patenteadas por empresas ou
  25. órgãos governamentais estrangeiros, porque a pesquisa nacional não recebe o
  26. devido apoio. Hoje em dia, o custo para desenvolver medicamentos sintéticos ou
  27. semissintéticos é muito elevado e tem se mostrado pouco frutífero. Os trabalhos
  28. de pesquisa com plantas medicinais, via de regra, originam medicamentos em
  29. menor tempo, com custos muitas vezes inferior e, consequentemente, mais
  30. acessíveis à população, que, em geral, encontra-se sem quaisquer condições
  31. financeiras de arcar com os custos elevados da aquisição de medicamentos que
  32. possam ser utilizados como parte do atendimento das necessidades primárias de
  33. saúde, principalmente porque na maioria da vezes as matérias primas utilizadas
  34. na fabricação desses medicamentos são importadas. Por esses motivos ou pela
  35. deficência da rede pública de assistência primária de saúde, cerca de 80% da
  36. população brasileira não tem acesso aos medicamentos ditos essenciais.
  37. As plantas
  38. medicinais, que têm avaliadas a sua eficiência terapêutica e a toxicologia ou
  39. segurança do uso, dentre outros aspectos, estão cientificamente aprovadas a
  40. serem utilizadas pela população nas suas necessidades básicas de saúde, em
  41. função da facilidade de acesso, do baixo custo e da compatibilidade cultural
  42. com as tradições populares. Uma vez que as plantas medicinais são classificadas
  43. como produtos naturais, a lei permite que sejam comercializadas livremente,
  44. além de poderem ser cultivadas por aqueles que disponham de condições mínimas
  45. necessárias. Com isto, é facilitada a automedicação orientada nos casos
  46. considerados mais simples e corriqueiros de uma comunidade, o que reduz a
  47. procura pelos profissionais de saúde, facilitando e reduzindo ainda mais o custo
  48. do serviço de saúde pública.
  49. Por essas razões é
  50. que trabalhos de difusão e resgate do conhecimento de plantas vêm-se difundindo
  51. cada vez mais, principalmente nas áreas mais carentes.
  52. Em todo o Brasil
  53. se multiplicam os programas de fitoterapia, apoiados pelo serviço público de
  54. saúde. Têm-se formado equipes multidisciplinares responsáveis pelo atendimento
  55. fitoterápico, com profissionais encarregados do cultivo de plantas medicinais,
  56. da produção de fitoterápicos, do diagnóstico médico e da recomendação destes
  57. produtos.
  58. Para a OMS, saúde
  59. é : "Um bem - estar físico, mental
  60. e social e não apenas ausência de doença.". O uso de plantas
  61. medicinais como prática alternativa pode contribuir para a saude dos
  62. indivíduos, mas deve ser parte de um sistema integral que torne a pessoa
  63. realmente saudável e não simplesmente "sem doença".
  64. *************************************************************************
  65. PARTE I - Os Princípios
  66. Ativos
  67. As plantas
  68. sintetizam compostos químicos a partir dos nutrientes da água e da luz que recebem.
  69. Muitos desses compostos ou grupos deles podem provocar reações nos organismos,
  70. esses são os princípios ativos. Algumas dessas substâncias podem ou não ser
  71. tóxicas, isto depende muito da dosagem em que venham a ser utilizadas. Assim,
  72. "Planta medicinal é aquela que contém um ou mais de um princípio ativo que
  73. lhe confere atividade terapêutica".
  74. Nem sempre os
  75. princípios ativos de uma planta são conhecidos, mas mesmo assim ela pode
  76. apresentar atividade medicinal satisfatória e ser usada desde que não apresente
  77. efeito tóxico.
  78. Existem vários
  79. grupos de princípios ativos, abordaremos apenas alguns de maior importância no
  80. Quadro I, abaixo:
  81. Quadro I -
  82. Características de alguns Grupos de Princípios Ativos em Plantas Medicinais
  83. GRUPO DE PROPRIEDADES
  84. MEDICINAIS E/OU TÓXICAS
  85. PRINCIPIOS ATIVOS
  86. ALCALÓIDES: Atuam no sistema nervoso central (calmante,
  87. sedativo,estimulante, anestésico, analgésicos). Alguns podem ser cancerígenos e
  88. outros antitumorais. Ex.: Cafeína do café e guaraná, teobromina do cacau,
  89. pilocarpina do jaborandi, etc.
  90. MUCILAGENS: Cicatrizante, antinflamatório, laxativo,
  91. expectorante e antiespasmódico.Ex.: babosa e confrei.
  92. FLAVONÓIDES: Antinflamatório, fortalece os vasos capilares,
  93. antiesclerótico, anti-dematoso, dilatador de coronárias, espasmolítico,
  94. antihepatotóxico, colerético e antimicrobiano. Ex.: rutina (em arruda e
  95. favela).
  96. TANINOS: Adistringentes e antimicrobianos (antidiarréico).
  97. Precipitam proteínas.
  98. Ex.: barbatimao e
  99. goiabeira.
  100. ÓLEOS ESSENCIAIS: Bactericida, antivirótico, cicatrizante, analgésico,
  101. relaxante, expectorante e antiespasmódico. Ex.: mentol nas hortelãs, timol no
  102. tomilho e alecrim pimenta, ascaridol na erva-de-santa-maria, etc.
  103. Fonte: Martins
  104. (1992).
  105. CULTIVO DE HORTA MEDICINAL
  106. Para iniciar uma
  107. horta Medicinal, precisamos selecionar as espécies e identificar corretamente
  108. as plantas. Uma horta medicinal, por certo, deverá produzir satisfatoriamente,
  109. ervas que podem ser usadas na culinária, temperos e aquelas de uso de rotina
  110. para o tratamento de doenças mais comuns do organismo.
  111. Tão logo sabemos o
  112. que plantar e por que plantar devemos agora saber onde plantar uma horta
  113. medicinal.
  114. LOCAL
  115. O local a ser
  116. escolhido para implantação de uma horta medicinal deverá ter água disponível em
  117. abundância e de boa qualidade, e se ainda exposto ao sol, principalmente pela
  118. manhã.
  119. O SOLO
  120. O solo deve ser
  121. leve e fértil para que as raízes tenham facilidade de penetrar e desenvolver.
  122. Tendo
  123. disponibilidade é bom fazer a análise do solo, principalmente se tratando de
  124. horta comercial.
  125. Quanto ao aspecto
  126. físico do solo, pode ser melhorado, no seu preparo, incorporando no mesmo,
  127. esterco e/ou composto orgânico, onde fornecerá nutrientes que ajudarão a reter
  128. a umidade.
  129. A correção do solo
  130. pode ser feita com calcário, e ainda podemos também adubá-lo com um produto
  131. natural que é o humus.
  132. Certas espécies
  133. exigem solos úmidos como é o caso do chápeu-de-couro, cana-de-macaco, etc.
  134. Outras já gostam
  135. de terrenos areno-argilosos, com umidade controlada, é o caso de cará, bardana,
  136. alecrim, etc.
  137. MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO
  138. - Propagação
  139. Sexuada
  140. *Sementes
  141. *Sementeira/Transplante
  142. *Semeadura direta
  143. - Propagação
  144. Assexuada ou Vegetativa
  145. *Estacas de folhas
  146. *Estacas de caule
  147. *Estacas de raízes
  148. *Bulbos
  149. *Rizomas
  150. *Filhotes ou
  151. rebentos
  152. *Divisão de
  153. touceiras
  154. PREPARO DO SOLO
  155. Primeiramente
  156. fazemos uma limpeza geral da área, e a seguir revolvemos o solo com enxadão,
  157. pá-reta ou arado (mecanizado ou tração animal).
  158. A declividade da
  159. área é um fator de grande importância, pois se a mesma apresentar esta
  160. característica, devemos planejar antes a distribuição das espécies e a formação
  161. dos canteiros a fim de evitar a erosão.
  162. Como por exemplo
  163. podemos citar o plantio de capim-limão em curva de nível onde o mesmo
  164. transforma-se numa faixa de retenção. Os canteiros e covas por sua vez também
  165. devem obedecer sua confecção em curvas de nível.
  166. Iniciamos a
  167. formação das sementeiras e canteiros, com as seguintes dimensões: 1 a 1,2 metros de largura e 0,2 metros de altura.
  168. Nas sementeiras,
  169. vale lembrar que a terra deve ser bem fofa, e as sementes podem ser cobertas
  170. com areia bem fina ou terra coada.
  171. As covas que serão
  172. feitas para plantio de algumas espécies, devem ter 30 cm de largura x 30 cm de comprimento e 30 de
  173. fundura.
  174. ADUBAÇÃO
  175. É recomendável
  176. realizar a fosfatagem, com fosfatos naturais para corrigir a deficiência de
  177. fósforo típica dos solos brasileiros. De uma maneira geral, pode-se usar 150g
  178. de fosfato/m2/canteiro.
  179. Uma adubação
  180. equilibrada é a chave para a obtenção de plantas mais resistentes a pragas e
  181. doenças também com maiores teores de fármacos, sem comprometer a produção de
  182. massa verde.
  183. Para fazer a
  184. correção básica do solo recomenda-se usar 150g de calcáreo/m2/canteiro.
  185. O esterco de
  186. bovino é colocado na proporção de 6
  187. a 101/m2/canteiro e esterco de galinha de 2 a 3 litros/m2/canteiro, estes
  188. devendo estar totalmente curtidos.
  189. Podemos
  190. acrescentar 2 litros
  191. de humus/m2/canteiro.
  192. Em covas deve-se
  193. colocar ¼ das dosagens recomendadas/m2 para cada canteiro.
  194. Nas sementeiras a
  195. adubação é a mesma dos canteiros.
  196. PRAGAS E DOENÇAS
  197. As espécies
  198. medicinais normalmente apresentam alta resistência ao ataque de doenças e
  199. pragas, mas, por algum desequilíbrio, este pode ocorrer em níveis prejudiciais.
  200. Num ambiente equilibrado, com plantas bem nutridas, a possibilidade de ataque
  201. diminui. O uso de produtos químicos(agrotóxicos) é condenado para o cultivo de
  202. espécies medicinais, isto se justifica pela ausência de produtos registrados
  203. para estas espécies, conforme exigência legal, e pelas alterações que tais
  204. produtos podem ocasionar nos princípios ativos. Tais alterações vão desde a
  205. permanência de resíduos tóxicos sobre as plantas até a veiculação de metais
  206. pesados como o cádmio e o chumbo. Se para os alimentos já se buscam
  207. alternativas para evitar o uso de produtos tóxicos, para a produção de fitoterápicos
  208. a atenção deve ser redobrada.
  209. Podemos citar como
  210. exemplos destas alterações o uso de afalon (linuron) em camomila, que alterou
  211. significamente a concentração dos princípios ativos da flor, segundo pesquisa
  212. feita por REICHLING (1979). Testes realizados por STARR et. al. (1963) mostram
  213. que o uso de inseticidas/fungicidas em menta deixam resíduos tóxicos nos seus
  214. óleos essenciais.
  215. PRAGAS DOENÇAS
  216. Ácaros Fungos
  217. Besouros Bactérias
  218. Cachonilhas Vírus
  219. Formigas
  220. Lagartas
  221. Percevejos
  222. Pulgões
  223. Lesmas
  224. Nematóides
  225. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS
  226. a) MEDIDAS GERAIS
  227. - Seleção de área
  228. de cultivo
  229. - Manejo do solo
  230. - Rotação de
  231. culturas
  232. - Plantio na época
  233. correta
  234. - Usar sementes,
  235. mudas, estacas de plantas sadias
  236. - Plantio no
  237. espaçamento adequado
  238. - Consorciação
  239. Uma área grande de
  240. plantas da mesma espécie pode facilitar o surgimento e rápido desenvolvimento
  241. de pragas e doenças específicas. A consorciação de duas ou mais espécies reduz
  242. este risco. É necessário, entretanto, fazer um planejamento desta consorciação
  243. por causa dos efeitos alelopáticos (ação de uma espécie sobre o desenvolvimento
  244. da outra). Quando não há informações sobre o efeito da consorciação ela deve
  245. ser testada primeiro em uma pequena área. Abaixo vemos alguns exemplos de
  246. asssociações benéficas e associações que devem ser evitadas.
  247. - Alfavaca: seu
  248. cheiro repele moscas e mosquitos. Não devem ser plantadas perto da arruda.
  249. - Funcho: em geral
  250. não se dá bem com nenhuma outra planta.
  251. -
  252. Cravo-de-defunto: protege as lavouras dos nematóides. Aparentemente não é
  253. prejudicial a nenhuma outra planta.
  254. - Hortelã: Seu
  255. cheiro repele lepidópteros tipo borboleta-da-couve podendo ser plantada como
  256. bordadura de lavouras. Exige atenção pois se alastra com facilidade.
  257. - Manjerona:
  258. melhora o aroma das plantas.
  259. - Alecrim: mantém
  260. afastados a borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura. É planta companheira da
  261. sálvia.
  262. -
  263. Catinga-de-mulata: seu aroma forte mantém afastados os insetos voadores. Pode
  264. ser plantado em toda área.
  265. - Tomilho: seu
  266. aroma mantém afastada a borboleta-da-couve.
  267. - Losna: como
  268. bordadura, mantém os animais fora da lavoura, mas sua vizinhança não faz bem a
  269. nenhuma outra planta; mantenha-o um pouco afastado.
  270. - Mil-folhas:
  271. planta-se com bordadura perto de ervas aromáticas: aumenta a produção de óleos essenciais.
  272. - Arnica
  273. brasileira: inibe a germinação de sementes de plantas daninhas.
  274. b) MEDIDAS
  275. ESPECÍFICAS PARA CONTROLE DE PRAGAS
  276. - Macerado de
  277. samambaia
  278. Colocar 500 gramas de folhas
  279. frescas ou 100 gramas
  280. de folhas secas em um litro de água por dia. Ferver meia hora. Para aplicação
  281. diluir um litro deste macerado em dez litros de água.
  282. Controla ácaros,
  283. cochonilhas e pulgões.
  284. - Macerado curtido
  285. de urtiga
  286. Colocar 500 gramas de folhas
  287. frescas ou 100 gramas
  288. de folhas secas em um litro de água e deixar dois dias. Para aplicação diluir
  289. em 10 litros
  290. de água e pulverizar sobre as plantas ou no solo.
  291. Controla pulgões e
  292. lagartas (aplicado no solo)
  293. - Macerado de fumo
  294. Picar 10 cm de fumo de corda e
  295. colocar em um litro de água por um dia em recipiente não-metálico com tampa.
  296. Diluir em 10 litros
  297. de água e pulverizar as plantas.
  298. Controla
  299. cochonilhas, lagartas e pulgões.
  300. - Mistura álcool e
  301. fumo
  302. Coloque 10 cm de fumo picado em uma
  303. tijela e cubra com álcool misturado com um pouco de água. Quando o fumo
  304. absorver o álcool, coloque mais álcool misturado com um pouco de água e deixe
  305. dias de molho, tampando a tijela, para que a nicotina seja retirada do fumo.
  306. Coloque o líquido em uma garrafa com tampa e, na hora de usar, misture com
  307. sabão ralado e água nas seguintes proporções: um copo de mistura de água e
  308. fumo, 250 gramas
  309. de sabão e 10 litros
  310. de água.
  311. Controla pulgões.
  312. - Mistura de
  313. querosene, sabão e macerado de fumo
  314. Aqueça 10 litros de água, 20
  315. colheres de sobremesa de querosene e 3 colheres de sopa de sabão em pó
  316. biodegradável. Deixe esfriar e adicione um litro de macerado de fumo.
  317. Pulverizar sobre as plantas.
  318. Controla
  319. cochonilhas com carapaça e ácaros.
  320. - Mistura de
  321. sabão, macerado de fumo e enxofre
  322. Misturar em 10 litros de água morna,
  323. meia barra de sabão, um litro de macerado de fumo e um kg de enxofre. Deixar
  324. esfriar e pulverizar sobre as plantas.
  325. Controla ácaros.
  326. - Cravo de defunto
  327. Quando plantado
  328. nas bordaduras impede o aparecimento de nematóides nas plantas cultivadas.
  329. - Tajujá, taiuiá
  330. ou melancia-brava
  331. É uma planta
  332. trepadeira cujas folhas são bem parecidas com as da melancia. A raiz é
  333. semelhante à da mandioca. Apanha-se esta raiz, corta-se em pedaços de 10 cm e distribui-se na
  334. lavoura. A seiva ou líquido existente na raiz atrai insetos, fazendo com que
  335. estes não ataquem a planta cultivada. Deve ser renovada regurlamente.
  336. Controla besouros
  337. ( "vaquinha" ).
  338. - Purungo ou
  339. cabaça
  340. Também é uma
  341. planta trepadeira. Suas folhas são parecidas com as de abóbora. Quando o fruto
  342. está maduro (seco) é usada para cuia de chimarrão. Quando está verde, o fruto
  343. cortado ao meio atrai insetos, devendo ser espalhado na lavoura, como o tajujá.
  344. Controla besouros
  345. ("patriota") .
  346. - Soro de leite
  347. Quando pulverizado
  348. sobre as plantas, resseca e mata ácaros.
  349. - Armadilha
  350. luminosa
  351. Colocar uma
  352. lanterna de querosene acessa a partir das sete horas da noite no meio da
  353. lavoura e deixar até de madrugada, principalmente nos meses de novembro a
  354. fevereiro. As mariposas são atraídas pela luz e batem no vidro da lanterna,
  355. caindo num saco de estopa aberto que é colocado logo abaixo. No dia seguinte
  356. matar as mariposas.
  357. Controla
  358. mariposas, especialmente a mariposa-oriental (broca-dos-ponteiros) que ataca os
  359. pomares.
  360. -Saco de aniagem
  361. Umidecê-lo com um
  362. pouco de leite e colocar na lavoura em vários locais. No dia seguinte pegar as
  363. lesmas que estão aderidas ao saco e matá-las.
  364. - Solução de água
  365. e sabão
  366. Colocar 50 gramas de sabão
  367. caseiro em 5 litros
  368. de água quente. Após esfriar, aplicar com o pulverizador.
  369. Controla pulgões,
  370. cochonilhas e lagartas.
  371. - Infusão de losna
  372. Derramar um litro
  373. de água fervente sobre 300
  374. gramas de folhas secas e deixar em infusão por 10
  375. minutos. Diluir em 10
  376. litros de água. Pulverizar sobre as plantas.
  377. Controla lagartas
  378. e lesmas.
  379. - Cerveja
  380. A cerveja atrai
  381. lesmas. Fazer armadilhas com latas de azeite, tirando a tampa e enterrando-as a
  382. com abertura no nível do solo. Colocar um pouco de cerveja misturada com sal.
  383. As lesmas caem na lata atraídas pela cerveja e morrem desidratadas pelo sal.
  384. Controla lesmas.
  385. - Pimenta vermelha
  386. Pimenta vermelha
  387. bem socada, misturada com bastante água e um pouco de sabão em pó ou líquido
  388. pulverizada sobre as plantas, age como repelente de insetos.
  389. Outras plantas
  390. também podem ser utilizadas como inseticidas, entre as quais se destacam:
  391. - Piretro
  392. É obtido de
  393. algumas plantas do gênero Chrysanthemum, da família Asteraceae, com o qual se
  394. faz um inseticida contra pulgões, lagartas e vaquinhas. É obtida fazendo-se a
  395. maceração das flores. Sua ação pode ser aumentada ( ação sinergística ) com uso
  396. da sesamina, produto obtido do extrato de gergelim ( sesamum indicum ), da
  397. família Pedaliaceae.
  398. - Alamanda
  399. Ou
  400. chapéu-de-Napoleão. São plantas do gênero Allamanda, da família Apocynaceae.
  401. Com suas folhas prepara-se uma infusão para combater pulgões e cochonilhas.
  402. - Santa Bárbara
  403. Ou cinamomo, a
  404. Melia azedarach. da família Meliacea. O extrato alcoólico de seus frutos é
  405. utilizado para combater pulgões e gafanhotos. A substância encontrada nesta
  406. planta, a azadirachtina, inibe o consumo das plantas por estes insetos.
  407. - Arruda
  408. Ruta graveolens.
  409. da família Rutaceae. Suas folhas são utilizadas no preparo de uma infusão para
  410. o combate a pulgões.
  411. - Pimenta-do-reino
  412. Piper niger, da
  413. família Piperaceae. De seus frutos se extrai uma substância que inibe o consumo
  414. das plantas por diversos insetos.
  415. c) MEDIDAS
  416. ESPECÍFICAS PARA CONTROLE DE DOENÇAS
  417. - Chá de camomila
  418. Imergir um punhado
  419. de flores em água fria por um ou dois dias. Pulverizar as plantas,
  420. principalmente as mudas em sementeira.
  421. Controla diversas
  422. doenças fúngicas.
  423. - Mistura de cinza
  424. e cal
  425. Dissolver 300 gramas de cal virgem
  426. em 10 litros
  427. de água e misturar mais 100
  428. gramas de cinzas. Coar e aplicar sobre as plantas por
  429. pincelamento ou pulverização durante o inverno, quando as árvores estão em
  430. dormência.
  431. Controla barbas,
  432. líquens e musgos.
  433. - Cal
  434. Fazer uma pasta de
  435. cal e pincelar sobre o tronco. Com isto evita-se a subida de formigas e ajuda
  436. controlar a barba das frutíferas.
  437. - Pasta de argila,
  438. esterco, areia fina e chá de camomila
  439. Misturar partes
  440. iguais de argila (barro), esterco, areia fina e chá de camomila, de modo a
  441. formar uma pasta. Usar para proteger os cortes feitos por podas e também ramos
  442. ou troncos doentes durante o outono após a queda das folhas e antes da floração
  443. e brotação.
  444. - Chá de raiz
  445. forte (crem)
  446. Derramar água
  447. quente sobre folhas novas da raiz forte e deixar em infusão por 15 minutos.
  448. Diluir 1 litro
  449. da infusão em 2 litros
  450. de água e pulverizar a planta toda.
  451. Controla podridão
  452. parda das frutíferas.
  453. - Pasta bordaleza
  454. Diluir um kg de
  455. sulfato de cobre bem moído com um pouco de água, mexendo bem com uma vara. Em
  456. outro vasilhame queimar um kg de cal virgem com água quente, a qual deve ser
  457. colocada bem devagar. Esperar até que a solução esfrie. Em um terceiro
  458. vasilhame, com capacidade para 10 litros, colocar a solução de cal e a solução
  459. de sulfato de cobre, pouco a pouco e mexendo bem com uma vara. Depois completar
  460. até os dez litros com água e mexer bem novamente. Aplicar com uma brocha de
  461. pedreiro e pintar os troncos e os galhos mais grossos, evitando as folhas e
  462. galhos mais finos. Aplicar durante o inverno.
  463. Controla barba,
  464. líquens, musgos, algas em frutíferas e ajuda controlar doenças bacterianas em
  465. outras plantas.
  466. - Calda
  467. sulfocálcica
  468. É o melhor produto
  469. para o tratamento de inverno das frutíferas. Diluir 1.5 kg de enxofre em pó em
  470. água, acrescentando um pouco de espalhante adesivo para dissolver melhor. Em
  471. seguida colocar em uma lata com capacidade de vinte litros e levar ao fogo
  472. acrescentando 10 litros
  473. de água. Colocar nesta lata 1.2 de cal virgem fresco e mexer bem. Manter a
  474. mistura no fogo durante uma hora, acrescentando sempre um pouco de água para
  475. manter o volume inicial. Após uma hora a calda deve ter cor pardo-avermelhada.
  476. Deixar esfriar e coar em um pano. Para dosar a quantidade de água para diluir a
  477. calda teríamos que usar uma tabela e um aparelho chamado aerômetro de Baumé.
  478. Entretanto, em muitos casos não se justifica comprar este aparelho. Por isso,
  479. se o cal virgem e o enxofre forem bem frescos, sugerimos diluir um litro de
  480. calda em cinco litros de água. Em seguida pulverizar toda planta no inverno
  481. antes do inchamento das gemas.
  482. Controla as mesmas
  483. doenças da calda, bordaleza, tendo excelente ação sobre fungos como ferrugem de
  484. alho e cebola.
  485. Para controle de
  486. doenças provocadas por Cladosporium e Phytophthora recomenda-se aplicar
  487. extratos de plantas que contenham solanina, um alcalóide encontrado em diversas
  488. espécies do gênero Solanum (ex: batata, fumo-bravo, joá ).
  489. Além destes
  490. preparados para controlar/repelir pragas e doenças podemos ainda lançar mão dos
  491. inimigos naturais destas mesmas pragas e doenças. Um exemplo disto é o produto
  492. chamado DIPEL, que é um inseticida biológico cujo "ingrediente ativo"
  493. é uma bactéria ( Bacillus thuringiesis ) que, quando ingerida por lagartas de
  494. diversas espécies ( mas não todas ), parasita seu intestino levando-ás a morte.
  495. Esta bactéria não faz mal a outros insetos ou animais e não possui efeito
  496. residual.
  497. d) Biofertilizante
  498. líquido
  499. O biofertilizante,
  500. empregado apenas como adubo orgânico com excelentes resultados, é um efluente
  501. pastoso, resultante da fermentação da matéria orgânica, por um determinado
  502. tempo, na ausência total de oxigênio. Mas, a partir de 1985, técnicos da
  503. EMATER-RIO começaram a observar os efeitos do biofertilizante liquído diluído
  504. em água, percebendo redução do ataque de pragas e doenças. Os efeitos foram:
  505. - nutricional, com
  506. aumento da produtividade;
  507. -
  508. fito-hormonal,induz floração e facilita o enraizamento de estacas;
  509. - nematicida,
  510. controla larvas e nematóides quando aplicado puro sobre o solo;
  511. - fungistático e
  512. bacteriostático, reduzem o ataque de fungos e bactérias;
  513. - inseticida e
  514. repelente, mata insetos de "corpo mole" (formas larvais e jovens),
  515. como lagartas, e repele os ditos de "corpo duro" (insetos adultos
  516. alados).
  517. Todas as ações ocorrem
  518. sem haver desequilíbrios, pois o biofertilizante é constituídosimplesmente por
  519. macro, meso e microelementos e aminoácidos úteis ao desenvolvimento do vegetal.
  520. Não é recomendado pulverizar durante a floração, para não haver prejuízos à
  521. polinização.Para produzir o biofertilizante, a EMATER-RIO recomenda uma bombona
  522. plástica com esterco bovino misturado em partes iguais com água pura,
  523. não-clorada, deixando-se um espaço vazio de 15 a 20 cm no seu interior. Esta
  524. bombona é hermeticamente fechada, tendo adaptada, em uma de suas tampas, uma
  525. mangueira plástica fina, que tem a outra extremidade mergulhada em uma garrafa
  526. cheia de água. Tudo isto serve para garantir a anaerobiose necessária ao
  527. processo de fermentação, a qual dura 30 dias. O material a ser empregado é
  528. coado em peneira e, posteriormente, filtrado em pano fino. O tempo de
  529. utilização do biofertilizante é reduzido, devendo ser usado imediatamente ou,
  530. no máximo, em uma semana, para que não perca o efeito fitosanitário. Caso não
  531. possa ser utilizado, ele deve voltar ao sistema anaeróbico, ficando por mais 30
  532. dias. Neste caso, só terá efeito hormonal e nutricional.
  533. A aplicação do
  534. biofertilizante é feita com os pulverizadores normalmente utilizadosnas
  535. lavouras. Dilui-se a 50%, isto é, colocam-se 50 litros de biofertilizante
  536. e completa-se com água para 100
  537. litros ou proporções equivalentes. Esta concentração
  538. garante o controle dos insetos de "corpo mole",agindo como inseticida
  539. de contato, repelindo as formas adultas. Elevando-se a concentração, aumenta
  540. também o controle dos insetos em formas adultas. À medida que se diminui a
  541. concentração da calda, diminui o efeito inseticida, permanecendo o efeito
  542. repelente de insetos adultos. As pulverizações são feitas em alto volume, ou
  543. seja, as plantas devem ser totalmente recobertas com a calda. As estacas
  544. poderão ser mergulhadas em biofertilizante liquído puro, por 1 a10 minutos,
  545. sendo secas à sombra por cerca de duas horas e postas a enraizar em seguida. Maiores
  546. informações são apresentadas no trabalho de VAIRO DOS SANTOS (1992).
  547. Talvez o único
  548. inconveniente do uso do biofertilizante seja a carga microbiológica, que
  549. poderia ser aumentada sobre a parte aérea das plantas, comprometendo a
  550. qualidade. No entanto, não há estudos envolvendo plantas medicinais.
  551. Quadro informativo
  552. sobre cultivo, colheita e propagação das plantas medicinais
  553. Nome Nome Propagação Espaçamento Início da Porte da
  554. Comum Botânico entre plantas(m)
  555. colheita planta (m)
  556. ALECRIM Rosmarinus
  557. officinalis estacas 1,2 x 0,9 1 ano 1,0
  558. ALECRIM Lippia
  559. sidoides estacas 1,5 x 1,2 1 ano 1,5
  560. PIMENTA
  561. CALÊNDULA
  562. Calendula officinalis sementes 0,2 x 0,2 no floresci mento 0,5
  563. CONFREI Symplytum
  564. sp div. de touceiros 0,5 x 0,5 3 meses 0,5
  565. CHAPÉU - DE -
  566. Equinodorus div. de touceiros 0,6 x 0,6 3meses 0,6 a 1,5
  567. COURO macrophyllus
  568. QUEBRA -
  569. Phyllantus niruri sementes 0,2 x 0,2 3 meses 0,5
  570. PEDRA
  571. POEJO Mentha
  572. pulegium rizomas ou 0,3 x 0,3 3 meses rasteiro
  573. estacas herbáceas
  574. MIL - FOLHAS
  575. Achilea milefolium rebentos 0,5 x 0,3 4 meses 0,5
  576. TANCHAGEM Plantago
  577. sp sementes 0,3 x 0,3 3 meses 0,4
  578. GUACO Mikania
  579. glomerata estacas 3,0 x 2,5 6 meses trepadeira
  580. ARTEMÍSIA
  581. Artemisia vulgaris sementes 0,3 x 0,3 no floresci mento 0,5
  582. AGRIÃO Lepidium
  583. sativum ritozomas 0,3 x 0,3 3 meses rasteiro
  584. sementes
  585. HORTELÃ Mentha
  586. villosa estacas herbáceas 0,3 x 0,3 3 meses rasteiro
  587. rizomas
  588. BOLDO Vernonia
  589. condensata estacas 3,0 x 2,0 4 meses 2,5
  590. CAMPIM -
  591. Cymbopogon citratus div. de touceiras 1,0 x 0,4 3 meses 0,5
  592. SANTO
  593. ERVA DE SANTA
  594. Chenopodium sementes 0,5 x 0,5 3 meses 0,8
  595. - MARIA
  596. ambrosioide
  597. FOLHA DA Bryophyllum
  598. folhas 0,5 x 0,5 6 meses 0,6 a
  599. ,0
  600. FORTUNA pinnatum
  601. FUNCHO Foeniculum
  602. vulgare sementes 0,3 x 0,3 3 a
  603. meses 0,8
  604. GENGIBRE Zingiber
  605. officinalis rizomas 0,5 x 0,5 8
  606. a 10 meses 0,9
  607. a 1,2
  608. MARACUJÁ
  609. Passiflora edulis sementes 5,0 x 3,0 1 ano trepadeira
  610. MENTRASTO Agerato
  611. conyzóides sementes 0,3 x 0,3 3 meses 0,5
  612. ERVA CIDREIRA
  613. Líppia alba sementes estacas 1,0 x 0,5 6 meses 1,0
  614. - DE ARBUSTO
  615. CAMOMILA Chamomila
  616. recutita sementes 0,5 x 0,15 4 a
  617. meses 0,4
  618. ORÉGANO Origanum
  619. vulgare sementes ou 0,6 x 0,3 1 ano 0,3
  620. estacas herbáceas
  621. TOMILHO Thymus
  622. vulgaris sementes ou 0,6 x 0,3 18 meses 0,3
  623. estacas herbáceas
  624. CARQUEJA Bicharis
  625. articulata sementes ou 0,5 x 0,3 5 meses 0,6
  626. estacas
  627. ALHO Allium
  628. sativum bulbilhos 0,25 x 0,10 4
  629. a 5 meses 0,3
  630. a 0,4
  631. **************************************************************************************
  632. Parte II - Colheita e
  633. Processamento
  634. - DETERMINAÇÃO DO PONTO DE COLHEITA
  635. O primeiro aspecto
  636. a ser observado na produção de plantas medicinais de qualidade, além da
  637. condução das plantas, é sem dúvida a colheita no momento certo.
  638. As espécies
  639. medicinais, no que se refere à produção de substâncias com atividade
  640. terapêutica, apresentam alta variabilidade no tempo e espaço. O ponto de
  641. colheita varia segundo órgao da planta, estádio de desenvolvimento, época do
  642. ano e hora do dia.
  643. A distribuição das
  644. substâncias ativas, numa planta, pode ser bastante irregular, assim, alguns
  645. grupos de substâncias localizam-se preferencialmente em órgãos específicos do
  646. vegetal. Os flavonóides, de uma maneira geral, estão mais concentrados na parte
  647. aéreas da planta, em camomila (Chamomila recutita) o camazuleno e outras
  648. substâncias estão mais concentradas nas flores. Vê-se, portanto, a necessidade
  649. de conhecimento da parte que deve ser colhida para que se possa estabelecer o
  650. ponto ideal.
  651. O estádio de
  652. desenvolvimento também é muito importante para que se determine o ponto de
  653. colheita, principalmente em plantas perenes e anuais de ciclo longo, onde a
  654. máxima concentração é atingida a partir de certa idade e/ou fase de desenvolvimento.
  655. Por exemplo, o jaborandi (Pilocarpus microphyllus) apresenta baixo teor de
  656. pilocarpina (alcalóide) quando jovem. O alecrim (Rosmarinus officinalis)
  657. apresenta maior teor de óleos essenciais após a floração, sendo uma das
  658. exceções dentre as plantas medicinais de um modo geral.
  659. Há uma grande
  660. variação na concentração de princípios ativos durante o dia: os alcalóides e
  661. óleos essenciais concentram-se mais pela manhã, os glicosídeos à tarde. As
  662. raízes devem ser colhidas logo pela manhã.
  663. Também a época do
  664. ano parece exercer algum efeito nos teores de princípios ativos, assim a
  665. colheita de raízes no começo do inverno ou no início da primavera (antes da
  666. brotação), são citados como melhores épocas.
  667. As cascas são
  668. colhidas quando planta está completamente desenvolvida, ao fim da vida anual ou
  669. antes da floração (nas perenes), nos arbustos as cascas são separadas no outono
  670. e, nas árvores, na primavera.
  671. No caso de
  672. sementes recomenda-se esperar até o completo amadurecimento, no caso de frutos
  673. deiscentes (cujas sementes caem após o amadurecimento), a colheita deve ser
  674. antecipada.
  675. Os frutos carnosos
  676. com finalidade medicinal são coletados completamente maduros. Os frutos secos,
  677. como os aquênios, podem cair após a secagem na planta, por isso recomenda-se
  678. antecipar a colheita, como ocorre com o funcho (Foeniculum vulgare).
  679. Deve-se salientar
  680. que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o máximo
  681. teor de princípio ativo, no entanto, na maioria das vezes, nada impede que as
  682. plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto de colheita para uso imediato.
  683. O maior problema da época de colheita inadequada é a redução do valor
  684. terapêutico e/ou predominância de princípios tóxicos, como no confrei
  685. (Symphitum ssp.).
  686. Existem alguns
  687. aspectos práticos que deveremos levar em consideração, no processo de colheita
  688. de algumas espécies.
  689. Na melissa
  690. cortamos seus ramos e não somente colhemos suas folhas, desta forma conseguimos
  691. uma produção em torno de 3 t/ha de matéria seca, em cortes, que são efetuados
  692. no verão e outono.
  693. No poejo, temos
  694. que ser cuidadosos, pois é uma erva rasteira. Com essa característica, poderá
  695. trazer-nos prejuízos pela contaminação do material, que sendo colhido muito
  696. próximo do solo, terá muitas impurezas. Produz aproximadamente 2 t/ha de matéria
  697. seca em três cortes anuais.
  698. No boldo
  699. (Necroton) devemos colher somente as folhas, com bom estádio de
  700. desenvolvimento. Desidratadas produzem cerca de 2,5 t/ha.
  701. Na carqueja
  702. devemos cortar totalmente sua parte herbácea, respeitando dois nós acima da
  703. superfície do solo. Esse procedimento favorecerá posteriormente a rebrota das
  704. plantas. Produz cerca de 2 t/ha de planta seca, em duas a três colheitas por
  705. ano. O ponto ideal é no início da floração.
  706. No capim limão
  707. fazemos também o corte total, e procedemos como a colheita da carqueja. Devemos
  708. eliminar as folhas doentes, com manchas ou secas, que são inadequadas para o
  709. beneficiamento. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em dois cortes por ano.
  710. No quebra-pedra,
  711. colhermos a planta inteira. Suas raízes, podem ser lavadas em água limpa.
  712. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em duas safras anuais.
  713. Na camomila
  714. colhemos as flores em várias passadas. Devem apresentar seus capítulos florais
  715. completos. Sua produção varia em torno de 600 a 800 kg/ha de flores secas, em uma única
  716. safra.
  717. Quadro II
  718. Recomendações Gerais de Colheita
  719. PARTE COLHIDA PONTO DE COLHEITA
  720. Talos e folhas
  721. Antes do florescimento
  722. Flores No
  723. início da floração
  724. Frutos e
  725. sementes Quando maduros
  726. Raízes Quando a
  727. planta estiver adulta
  728. Casca e
  729. entrecasca Quando a planta estiver florida
  730. Fonte: Guia....
  731. (1990);CORREA et al (1991); MARTINS et al (1992).
  732. OPERAÇÃO DE COLHEITA
  733. Uma vez
  734. determinado o momento correto, deve-se fazer a colheita com tempo seco, de
  735. preferência, e sem água sobre as partes, como orvalho ou água nas folhas. Assim
  736. a melhor hora da colheita é pela manhã, logo que secar o orvalho das plantas.
  737. O material colhido
  738. é colocado em cestos e caixas; deve-se ter o cuidado de não amontoá-los ou
  739. amassá-los, para não acelerar a degradação e perda de qualidade.
  740. Deve-se evitar a
  741. colheita de plantas doentes, com manchas, fora do padrão, com terra, poeira,
  742. órgãos deformados, etc.
  743. Durante o processo
  744. de colheita é importante evitar a incidência direta de raios solares sobre as
  745. partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por
  746. algum tempo ao sol.
  747. Um ponto mais
  748. importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no
  749. momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de secagem,
  750. etc. Imediatamente após a colheita o material deve ser encaminhado para a
  751. secagem.
  752. PROCESSAMENTO PÓS-COLHEITA
  753. Normalmente após a
  754. colheita das plantas pode-se fazer o uso direto do material fresco, extrair
  755. substâncias ativas e aromáticas do material fresco ou a secagem para
  756. comercializaçao "in natura", a qual requer mais atenção, por permitir
  757. a conservação e possibilitar a utilização das plantas a qualquer tempo e não
  758. somente quando atingirem o ponto de colheita.
  759. SECAGEM
  760. O consumo de plantas
  761. medicinais frescas garante ação mais eficaz dos princípios curativos,
  762. entretanto, nem sempre se dispõe de plantas frescas para uso imediato, e a
  763. secagem possibilita conservação quando bem conduzida.
  764. No beneficiamento
  765. de plantas medicinais são utilizados vários processos.
  766. Dependendo da
  767. espécie e da forma de comercialização, esses processos são utilizados
  768. diferencialmente. Por exemplo, as mentas podem ter as folhas dessecadas ou o
  769. óleo essencial comercializado, duas condições que exigem metodologias diferentes.
  770. A maioria das plantas medicinais é comercializada na forma dessecada tornando o
  771. processo de secagem fundamental para a qualidade final do produto.
  772. A redução do teor
  773. de água durante a secagem, impede a ação enzimática e consequente deterioração.
  774. O órgão vegetal,
  775. seja folha, flor, raiz, casca, quando recém colhido se apresenta com elevado
  776. teor de umidade e substratos, o que concorre para um aumento na ação
  777. enzimática, que compreende diversas reações. Estas reações são reduzidas à
  778. medida que se retira água do órgão, pois a redução de umidade do meio é o
  779. melhor inibidor da ação enzimática. Daí a necessidade de iniciar a secagem
  780. imediatamente após a colheita.
  781. A secagem reduz o
  782. peso da planta, em função da evaporação de água contida nas células e tecidos
  783. das plantas, promovendo o aumento percentual de princípios ativos em relação ao
  784. peso inicial da planta. Daí dever-se utilizar menor quantidade de plantas secas
  785. do que frescas. No entanto, esta percentagem varia com a idade da planta e
  786. condições de umidade do meio.
  787. Durante o processo
  788. de colheita é importante evitar a incidência direta de raios solares sobre as
  789. partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por
  790. algum tempo ao sol.
  791. Um ponto mais
  792. importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no
  793. momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de
  794. secagem, etc. Imediatamente após a colheita o material deve ser encaminhado
  795. para a secagem.
  796. CUDADOS QUE ANTECEDEM A SECAGEM
  797. Antes da secagem,
  798. deve-se adotar alguns procedimentos básicos para a boa qualidade do produtos,
  799. independente do método de secagem a ser utilizado. Sendo eles:
  800. *Não
  801. se deve lavar as plantas previamente antes da secagem, exceto no caso de raízes
  802. e rizomas que devem ser lavados. Caso a parte aérea das plantas estejam muito
  803. sujas, usa-se água limpa para uma lavagem, efetua-se uma agitação branda dos
  804. ramos logo em seguida, para eliminar a maior parte da água sobre a superfície
  805. da planta. A lavagem da parte aérea deve ser rápida, para evitar a perda de
  806. princípios ativos.
  807. *Deve-se
  808. separar as plantas de espécies diferentes.
  809. *As
  810. plantas colhidas e transportadas ao local de secagem não devem receber raios
  811. solares.
  812. *Antes de submeter
  813. as plantas à secagem, deve-se fazer a eliminação de impurezas (terra, pedras,
  814. outras plantas, etc) e partes da planta que estejam em condições indesejáveis
  815. (sujas, descoloridas ou manchadas, danificadas...).
  816. *As
  817. plantas colhidas inteiras devem ter cada parte (folhas, flores, sementes,
  818. frutos e raízes) colocadas para secar em separado, e conservadas depois em
  819. recipientes separados.
  820. *Quando
  821. as raízes são volumosas, pode-se cortá-las em pedaços ou fatias para facilitar
  822. a secagem, como se faz em batata-de-purga (Operculina macrocarpa).
  823. *Para
  824. secar as folhas, a melhor maneira é conservá-las com seus talos, pois isto
  825. preserva suas qualidades, previne danos e facilita o manuseio. Folhas grandes
  826. devem ser secas separadas do caule. Nas fohas com nervura principal muito
  827. espessa, como alcachofra (Cynara scolymus), estas são removidas para facilitar
  828. a secagem.
  829. MÉTODOS DE SECAGEM
  830. A secagem pode ser
  831. conduzida em condições ambientes ou artificialmente com uso de estufas,
  832. secadoras, etc. Dependendo do método utilizado e do órgão da planta a ser
  833. dessecado, têm-se uma necessidade de área útil do secador variável entre 10 e
  834. % da área colhida.
  835. a) SECAGEM NATURAL
  836. A secagem natural
  837. é um processo lento, que deve ser conduzido à sombra, em local ventilado,
  838. protegido de poeira e do ataque de insetos e outros animais. Este processo é
  839. recomendado para regiões que tenham condições climáticas favoráveis,
  840. relacionadas principalmente a alta ventilação e temperatura, com baixa umidade
  841. relativa. É o mais usado a nível doméstico.
  842. O secador de
  843. temperatura ambiente é o modelo mais econômico e dá bons resultados em climas
  844. secos e quentes quando na época da colheita e secagem, isto porque só conta com
  845. a temperatura ambiente local. Constitui-se numa construção retangular com um
  846. telhado de duas águas, o que lhe dá a aparência de uma casa retangular. Dentro,
  847. deve conter estruturas de madeira ou metal, onde se apoiam as plantas em feixes
  848. ou em bandejas.
  849. Deve-se espalhar o
  850. material a ser seco em camadas finas, permitindo assim a circulação de ar entre
  851. as partes vegetais, o que favorece a secagem mais uniforme. Em geral a
  852. espessura da camada de plantas na secagem é de 3 cm para folhas e 15 a 20 cm para flores e umidades
  853. floridas. Para isto podem ser utilizadas bandejas com moldura semelhantes.
  854. Deve-se evitar o revolvimento do material durante o processamento de secagem.
  855. Quando a secagem é muito lenta, pode-se fazer cuidadosa movimentação das
  856. plantas sobre as bandejas, evitando-se danos, principalmente se o material está
  857. muito úmido.
  858. Outra maneira
  859. prática é dependurar as plantas em feixes pequenos amarrados com barbante. Os
  860. feixes devem ficar afastados entre si. Este método nao é adequado para plantas
  861. cujas folhas caem durante a secagem, como o manjericão.
  862. As plantas secas
  863. nestas condições vão ter um teor de umidade em equilíbrio com a umidade relativa
  864. do ambiente. Se esta for baixa, tanto menor vai ser o teor de umidade ao final
  865. da secagem, o que melhora a conservação do material seco.
  866. b) SECAGEM ARTIFICIAL
  867. A secagem
  868. artificial consiste em manter sob ventilação a uma temperatura de 35 a 40º C. As temperaturas
  869. acima de 45º C danificam os órgãos vegetais e seu próprio conteúdo, pois
  870. proporcionam uma "cocção" das plantas e não uma secagem, apesar de
  871. inativarem mais rapidamente as enzimas.
  872. Esta secagem
  873. origina um material de melhor qualidade por aumentar a rapidez do processo.
  874. Para a secagem de
  875. plantas medicinais com fins de comercialização utilizam-se basicamente três
  876. tipos de secadores: o secador de temperatura ambiente (já descrito
  877. anteriormente), o secador de temperatura e umidade controlada e os secadores
  878. especiais.
  879. O "secador de
  880. temperatura e umidade controlada" é conhecido por "estufa" e tem
  881. o formato semelhante ao anterior, diferindo por ser mais fechado e possuir uma
  882. pequena fornalha externa que é recomendada para locais de clima frio e chuvoso
  883. ou para dessecação de órgãos carnosos e/ou suculentos.
  884. O uso de forno de
  885. microondas também é uma alternativa para secagem das plantas. As folhas mais
  886. tenras e suculentas levam cerca de 3 minutos na secagem, e as ervas com folhas
  887. pequenas, mais secas, apenas 1 minuto. Por esse método preserva-se a cor e
  888. aroma das folhas.
  889. Uma outra
  890. alternativa que vem sendo testada, nas instalações do Grupo Entre Folhas, é o
  891. secador onde se altera somente a umidade relativa do ar. Utiliza-se um aparelho
  892. que reduz a umidade relativa a níveis pré-estabelecidos, secando as plantas
  893. mais facilmente e em menor tempo. O aparelho elétrico, conhecido como
  894. desumificador, fica dentro de uma sala, vedada contra a entrada de ar úmido,
  895. luz e poeira. Dentro desta sala, ficam bandejas de madeira, com fundo em tela
  896. plástica branca, sobres as quais são colocadas as plantas colhidas. Este
  897. sistema é razoavelmente simples, pois envolve o uso de um só equipamento que
  898. permite a secagem rápida das plantas, quando a umidade relativa é fixada em 50 a 60%.
  899. ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM
  900. O material está
  901. pronto para ser embalado e guardado quando começa a ficar levemente quebradiço.
  902. O teor de umidade ideal após a secagem deve ser de 5 a 10% para folhas e flores,
  903. para cascas e raízes esta umidade varia entre 12 e 20%.
  904. O período de
  905. armazenagem deve ser o menor possível, para reduzir as perdas de princípios
  906. ativos. Preferencialmente o local deve ser escuro, arejado e seco, sem acesso
  907. de insetos, roedores ou poeira.
  908. O acondicionamento
  909. do material vai depender do volume produzido e do tempo que se pretende
  910. armazená-lo. Na literatura são encontradas recomendações aplicáveis a condições
  911. de clima temperado, como o uso de tonéis de madeira não aromática, que
  912. conservam o produto por muito tempo. Serão necessários estudos para avaliar os
  913. diversos tipos de embalagens e o período de conservação máximo.
  914. Pequenas
  915. quantidades de plantas podem ser colocadas em potes de vidro ou sacos de
  916. polietileno ou polipropileno, que também parecem permitir boa conservação. O
  917. uso de sacos de juta tem sido utilizado a curto prazo. Em todos os casos não se
  918. recomenda colocar próximas as embalagens de espécies diferentes (principalmente
  919. as fortemente aromáticas) ou depositar diretamente sobre o piso (colocar sobre
  920. estrados próprios ou dependurar).
  921. O material, antes
  922. de ser armazenado, deve ser inspecionado quanto à presença de insetos e fungos.
  923. Durante o armazenamento deve-se repetir com frequência tais inspeções. No caso
  924. de ataque recomenda-se eliminar o material, não se aconselha o expurgo das instalações
  925. em presença das ervas, uma vez que não existe registro, para plantas
  926. medicinais, dos produtos normalmente utilizados nestas operações.
  927. **************************************************************************************
  928. PARTE III - ALGUMAS PLANTAS IMPORTANTES
  929. ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.)
  930. Indicações: estimulante digestivo e para falta de apetite
  931. (inapetência), contra azia, para problemas respiratórios e debilidade cardíaca
  932. (cardiotônico), contra cansaço físico e mental, combate hemorróidas,
  933. antiespasmódico (uso interno) e cicatrizante (uso externo).
  934. Parte usada: folhas
  935. Preparo e dosagem:
  936. - xarope - para
  937. /2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de cafezinho de folhas frescas,
  938. tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas (para problemas respiratórios).
  939. - infusão - 1 xíc.
  940. de cafezinho de folhas secas em ½ litro de água, tomar xíc. de chá a cada 6
  941. horas.
  942. - tintura - 10
  943. xíc. de cafezinho de folhas secas em ½ litro de álcool de cereais ou
  944. aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco d'água (para a
  945. maioria das indicações, inclusive hemorróidas).
  946. - pó - as folhas
  947. secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.
  948. Outros usos: Usam-se ramos em armários para afugentar insetos.
  949. Toxicologia: em altas doses pode ser tóxico e abortivo.
  950. ALECRIM-PIMENTA (Lippia sidoides)
  951. Indicações: para impingens, acne, pano-branco, aftas, escabiose,
  952. caspa, maus odores dos pés, axilas, sarna-infecciosa, pé-de-atleta, para
  953. inflamações da boca e garganta, como antiespasmódico e estomáquico. Seus constituíntes
  954. químicos lhe conferem forte ação antisséptica contra fungos e bactérias.
  955. Parte usada: folhas secas ou frescas.
  956. Preparo e dosagem:
  957. - infusão - 1
  958. colher de chá de folhas picadas para cada xíc. de água, tomar 2 a 3 xíc. por dia.
  959. Preparo e dosagem:
  960. - tintura - 200 a 300 g de folhas frescas com
  961. /2 l de álcool e 250 ml de água.Usar como loção em lavagens e compressas. Para
  962. gargarejos e bochechos usar a tintura diluída em duas partes de água.
  963. ALHO (Allium sativum L.)
  964. Indicações: contra hipertensão, picadas de inseto, diurético,
  965. expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório,
  966. antibiótico, antisséptico, vermífugo (lombriga, solitária e ameba), para
  967. arterioesclerose e contra ácido úrico.
  968. Parte usada: dentes (bulbilhos)
  969. Preparo e dosagem:
  970. - maceração -
  971. esmagar um ou dois dentes de alho dentro de um copo com água. Tomar um copo
  972. três vezes ao dia (para gripe, resfriado, tosse e rouquidão).
  973. - tintura - moer
  974. uma xíc. (cafezinho) de alho dentro de um recipiente contendo 5 xíc. de álcool 92o
  975. GL, deixar em maceração por 10 dias, coar. Tomar 10 gotas em meio copo de água
  976. três vezes ao dia, para problemas do aparelho respiratório (gripes, etc.). Para
  977. hipertensão utilizar uma colher de chá da tintura em meio copo de água três
  978. vezes ao dia ou comer dois dentes de alho pela manhã.
  979. - vermífugo -
  980. comer três dentes de alho pela manhã em jejum durante sete dias.
  981. - dores de ouvido
  982. - amassar um dente de alho em uma colher de sobremesa de azeite morno. Pingar
  983. três gotas no ouvido e tampar com algodão.
  984. - arteriosclerose
  985. - comer na alimentação 3 dentes de alho cru picado, 3 vezes por semana, durante
  986. meses.
  987. Toxicologia: contra indicado para pessoas com problemas estomacais
  988. e de úlceras, incoveniente para recém-nascidos e mães em amamentação, e ainda em
  989. pessoas com dermatites. Em doses muito elevada, pode provocar dor de cabeça, de
  990. estômago, dos rins e até tonturas.
  991. ARTEMÍSIA (Chrysanth emum
  992. parth enium Bern.)
  993. Indicações: antileucorréico, emenagogo, antiespasmódico,
  994. febrifugo, para dores de cabeça, enxaquecas, artrites, diarréia, pertubações
  995. gástricas e insônia.
  996. Parte usada: folhas e flores.
  997. Preparo e dosagem:
  998. - infusão - 2 a 3 folhas e 3 a 4 flores em 1 xíc. de chá
  999. com água, tomar 1 xíc. por dia.
  1000. Outros usos: planta ornamental, repelente de insetos.
  1001. Toxicologia: Não deve ser utilizado durante a gravidez, pois exerce
  1002. forte ação sobre o útero, podendo causar aborto.
  1003. BABOSA (Aloe sp.)
  1004. Indicações: o suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando
  1005. usadas topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda
  1006. de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno).
  1007. A folha despida de cutícula é um supositório calmamente nas retites
  1008. hemorroidais. É ainda utilizada externamente nas entorses, contusões e dores
  1009. reumáticas.
  1010. Parte usada: folhas, polpa e seiva.
  1011. Preparo e dosagem:
  1012. - suco - uso
  1013. interno do suco fresco, como anti-helmíntico.
  1014. - cataplasma -
  1015. aplicar sobre queimaduras 3 vezes ao dia.
  1016. - supositório - em
  1017. retites hemorroidais.
  1018. - resina - é a
  1019. mucilagem após a secagem. Prepara-se deixando as folhas penduradas com a base
  1020. cortada para baixo por 1 ou 2 dias, esse sumo é seco ao fogo ou ao sol,quando
  1021. bem seco, pode ser transformado em pó dissolvido em água com açúcar, como
  1022. laxante.
  1023. - tintura -
  1024. usam-se 50 g
  1025. de folhas descascadas, trituradas com 250 ml de álcool e 250 ml de água, a
  1026. tintura é coada em
  1027. seguida. Deve ser utilizada sob a forma de compressas e
  1028. massagens nas contusões, entorces e dores reumáticas.
  1029. Toxicologia: não deve ser ingerida por mulheres durante a
  1030. menstruação ou gravidez. Também deve ser evitada nos estados hemorroidários.
  1031. Não usar internamente em crianças.
  1032. BOLDO (Vernonia condensata Beker)
  1033. Indicações: aperiente, colagogo, colerético, desintoxicante do
  1034. fígado, diurético e antidiarrético. Usado popularmente para a ressaca
  1035. alcoólica.
  1036. Parte usada: folhas.
  1037. Preparo e dosagem:
  1038. - infusão - 5
  1039. folhas por litro d'água, tomar pela manhã (para o fígado) ou após as refeições
  1040. (contra diarréia).
  1041. - tintura -
  1042. (aperiente) colocar 1 colher de folhas picadas para 1 xíc. de álcool neutro 70o
  1043. GL, deixar macerar por 3 dias, tomar 1 colher dissolvida em água antes das
  1044. refeições.
  1045. - maceração - 5
  1046. folhas em um copo d'água, tomar 2
  1047. a 3 vezes ao dia (ressaca alcoólica), recomenda-se tomar
  1048. antes e após ingestão de bebidas alcoólicas.
  1049. Toxicologia: outras espécies do gênero Vernonia não apresentam
  1050. nenhum efeito tóxico, exceto um glicosídeo cardiotônico encontrado nas raízes
  1051. de uma das espécies na África. Não se aconselha o uso prolongado da planta.
  1052. CALÊNDULA (Calendula officinalis)
  1053. Indicações: cicatrizante e antisséptico (uso externo).
  1054. Sudorífico, analgésico, colagogo, antinflamatório, antiviral, antiemético,
  1055. vasodilatador e tonificante da pele (contra acne).
  1056. Parte usada: flores e folhas.
  1057. Preparo e dosagem:
  1058. - pomada e tintura
  1059. (uso externo) - feitos com folhas e flores, usar sobre as partes afetadas 3 a 4 vezes por dia. A tintura,
  1060. diluída com água destilada ou fervida, pode ser aplicada diretamente em
  1061. ferimentos diversos, exercendo excelente ação cicatrizante, utiliza-se 1 a 2 partes de água para 1 de
  1062. tintura.
  1063. - infusão - 2
  1064. colheres de sopa de flores em ½ l d'água (emanagogo) ou 2 colheres de sopa de
  1065. flores em 1 xíc. de chá de água (contra acne). No primeiro caso toma-se 1 xíc.
  1066. de chá antes de cada refeição principal, começando 8 dias antes da menstruação
  1067. e no segundo caso toma-se1/2 xíc. de chá de manhã e ½ xíc. à noite.
  1068. - cataplasma -
  1069. folhas e flores tenras, socadas e empastadas, são aplicadas sobre ferimentos,
  1070. sobre um pano limpo.
  1071. CAPIM-SANTO (Cymbopogon citratusz)
  1072. Indicações: bactericida, antiespasmódico, calmante, analgésico
  1073. suave, carminativo, estomáquico, diurético, sudorífico, hipotensor,
  1074. anti-reumático. Mais utilizado em diarréias, dores estomacais e problemas
  1075. renais.
  1076. Parte usada: folhas
  1077. Preparo e dosagem:
  1078. - infusão - 4 xíc.
  1079. de cafezinho de folhas picadas em 1 litro d'água, tomar 1 xíc. 2 a 3 vezes ao dias.
  1080. Toxicologia: pode
  1081. ser abortivo em doses concentradas.
  1082. CONFREI (Symphitum sp. L.)
  1083. Indicações: hemostático, antinflamatório, cicatrizante. Utilizando
  1084. para favorecer o crescimento de tecidos novos em ulcerações, feridas e cortes,
  1085. fraturas e afecções ósseas (onde age como indutor da produção calcárea).
  1086. Parte usada: rizoma, raízes e folhas.
  1087. Preparo e dosagem:
  1088. - cataplasma e
  1089. banhos locais - várias vezes ao dia .
  1090. - emplasto - esmagar
  1091. folhas em água morna e colocar diretamente sobre ferimentos (cicatrizantes),
  1092. lavar e repetir 2 vezes ao dia. No caso de contusões e inchaços colocar o
  1093. emplasto dentro de um pano antes de aplicar.
  1094. - tintura - 1
  1095. parte de sumo das folhas em 5 partes de álcool, preparar pomadas e ungüentos.
  1096. Outros usos: foi muito utilizada como forrageira, pelo alto teor
  1097. de proteína e excelente produção de massa verde.
  1098. Existem
  1099. referências que tratam da presença de alcalóides cancerígenos no confrei,
  1100. principalmente em folhas jovens. O uso externo sobre feridas pode promover
  1101. rápida cicatrização externa, sendo que o processo inflamatório pode continuar
  1102. internamente. A absorção dérmica, das substâncias tóxicas, parece não ser
  1103. significativa.
  1104. ERVA-CIDREIRA-DE-ARBUSTO (Lippia alba (Mill) N. E. Brown)
  1105. Indicações: antiespasmódico, estomáquico, carminativo, calmante,
  1106. digestivo e combate a insônia e asma.
  1107. Parte usada: folhas.
  1108. Preparo e dosagem:
  1109. - infusão - 1
  1110. colher de sopa de folhas frescas para cada ½ litro d'água, tomar 4 a 6 xíc. de chá ao dia.
  1111. Outros usos: planta melífera.
  1112. Toxicologia: popularmente não se recomenda o uso por hipotensos
  1113. (pressão baixa).
  1114. ERVA-DE-SANTA-MARIA (Chenopodium ambrosioides L.)
  1115. Indicações: estomáquico, diurético, vermífugo, sudorífico, para
  1116. angina e infecções pulmonares. Cicatrizante e para contusões (uso externo).
  1117. Parte usada: folhas e flores.
  1118. Preparo e dosagem:
  1119. - infusão - 1 xíc.
  1120. de cafezinho de planta fresca com sementes em ½ litro d'água, tomar 1 xíc. de
  1121. chá de 6 em 6 horas (vermífugo, estomáquico).
  1122. - sumo - 2 a 4 colheres de sopa do sumo
  1123. das folhas para 1 xíc. de chá de leite, uma vez ao dia, as crianças maiores de
  1124. anos, devem tomar a metade da dose (peitoral).
  1125. - sumo - 1 copo da
  1126. planta picada com sementes para 2 copos de leite, bater no liquidificador,
  1127. tomar 1 copo de suco 1 vez ao dia por 3 dias seguidos (vermífugo).
  1128. - cataplasma -
  1129. colocar 1 xíc. de cafezinho de vinagre, 1 colher de sopa de sal, amassar a
  1130. planta na mistura até obter uma papa, colocar sobre o local afetado e enfaixar
  1131. (contusões).
  1132. - geléia - pegar 4
  1133. bananas nanicas maduras com casca , picar 1 copo de folhas de
  1134. erva-de-santa-maria com sementes, meio copo de hortelã, 1 copo e meio de
  1135. açúcar. Triturar bem as plantas em um pilão, pode-se adicionar um pouco de
  1136. água, em seguida juntar a banana e o açúcar, amassar bem. Levar ao fogo até dar
  1137. o ponto de geléia, o que ocorre em poucos minutos. Dar 1 colher de chá duas
  1138. vezes por dia, pura ou passar na bolacha, pão, etc. (vermífugo).
  1139. Outro usos:
  1140. elimina e repele pulgas e percevejos - colocar os ramos debaixo dos colchões e
  1141. varrer a casa utilizando-os como vassoura.
  1142. Toxicologia: deve ser administrada com cautela. É contra indicado
  1143. para gestantes e para crianças menores de 2 anos de idade. Usar sob orientação
  1144. de profissional da área.
  1145. FALSO BOLDO (Coleus barbatus)*
  1146. Indicações: tônico, digestivo, hipossecretor gástrico (para azia e
  1147. dispepsia), carminativo, para afecções do fígado e para ressaca alcoólica.
  1148. Parte usada: folhas frescas.
  1149. Preparo e dosagem:
  1150. - sumo - amassar
  1151. duas folhas em 1 copo e completar com água, tomar 2 a 3 vezes ao dia.
  1152. - tintura - 20 g de planta fresca em 100
  1153. ml de álcool, tomar 20 a
  1154. gotas no momento do incômodo, ou até 3 vezes ao dia.
  1155. Toxicologia: em doses elevadas pode causar irritação gástrica.
  1156. FOLHA-DA-FORTUNA (Bryophylum pinnatum Kurtz)
  1157. Indicações: emoliente (para furúnculos), cicatrizantes
  1158. (queimaduras) e antinflamatório local (uso externo). Refrescante intestinal,
  1159. para coqueluche e demais infecções das vias respiratórias, usada também para
  1160. úlceras e gastrites (uso interno).
  1161. Parte usada: folhas.
  1162. Preparo e dosagem:
  1163. - cataplasma -
  1164. aquecer a folha e colocar sobre o local afetado (furúnculos), em queimaduras**
  1165. ou outros ferimentos fazer uma pasta com a folha e colocar sobre a região
  1166. machucada (cicatrizante).
  1167. - suco - bater no
  1168. liquidificador 1 folha com 1 xíc. de água, tomar 2 vezes ao dia, entre as
  1169. refeições (úlceras e gastrites).
  1170. FUNCHO (Foeniculum vulgare Mill).
  1171. Indicações: carminativo, galactagogo, digestivo, diurético,
  1172. tônico geral e antiespasmódico (cólicas de crianças).
  1173. Parte usada: folhas, frutos e raízes.
  1174. Preparo e dosagem:
  1175. - infusão - 1 xíc.
  1176. de cafezinho de frutos secos em ½ l d'água. Para gases (carminativo) tomar 1
  1177. xíc. de chá a cada 6 horas. Para estimular a secreção de leite materno
  1178. (galactogogo) ingerir 1 xíc. de chá a cada 4 horas. Como digestivo começar a
  1179. tomar 2 horas antes das refeições 1 xíc. de chá a cada meia hora.
  1180. - vinho medicinal
  1181. - (tônico) macerar por dez dias, 30
  1182. g de sementes em 1 litro de vinho, coar, tomar 1 cálice antes de
  1183. dormir.
  1184. - decocção -
  1185. ferver por 5 min. 1 colher de sementes em 100 ml d'água, dar à criança no
  1186. intervalo das mamadas (cólicas).
  1187. Outros usos: o óleo essencial é utilizado na fabricação de licores
  1188. e perfumes. As sementes são utilizadas na confeitaria como aromatizante de
  1189. pães, bolos e biscoitos.
  1190. Toxicologia: O uso de mais de 20 g/l dessa erva pode ser
  1191. convulsivante.
  1192. _________________________________________
  1193. * O falso-boldo só recebe este nome para diferenciar
  1194. de outro boldo (Vernonia condensata), citado nesta apostila, também é conhecido
  1195. por sete-dores ou simplesmente boldo.
  1196. ** Só se deve recorrer exclusivamente ao tratamento
  1197. com plantas, nas queimaduras de 1º grau ou outras de pequena extensão.
  1198. GENGIBRE (Zingiber officinalis)
  1199. Indicações: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os
  1200. gases intestinais (carminativo), vômitos, rouquidão; tônico e expectorante.
  1201. Externamente é revulsivo, utilizado em traumatismos e reumatismos.
  1202. Parte usada: rizoma ("raiz").
  1203. Preparo e dosagem:
  1204. - pulverizar o
  1205. rizoma e ingerir contra vômitos.
  1206. - decocção -
  1207. preparar com 1 colher (chá) de raiz triturada em 1 xíc. de chá de água, tomar 4
  1208. xíc. de chá ao dia.
  1209. - cataplasmas -
  1210. preparar com gengibre bem moído ou ralado e amassado num pano, e deixar no
  1211. local (para reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações).
  1212. - rizoma fresco -
  1213. mascar um pedaço (rouquidão).
  1214. - tintura - 100 g do rizoma moído em 0,5 l de álcool, fazer
  1215. fricções para reumatismos.
  1216. - xarope - pode
  1217. ser ralado e adicionado a xaropes, juntamente com outras plantas.
  1218. Toxicologia: o uso externo deve ser acompanhado, para evitar
  1219. possíveis queimaduras.
  1220. GOIABEIRA-VERMELHA (Psidium guajava)
  1221. Indicações: antisséptico bucal e intestinal, inibe
  1222. microorganismos como Salmonella, Serrata e Staphylococcus. Para diarréias
  1223. (principalmente de origem bacteriana) e inflamações da boca e garganta.
  1224. Parte usada: folhas novas, brotos ou "olhos"(até a 6ª
  1225. folha tenra, a partir do ápice). Folhas velhas não têm atividade antisséptica.
  1226. Preparo e dosagem:
  1227. - infusão - são
  1228. utilizados 4 brotos para uma xícara de água fervente, tomar 1 xíc. a cada 2 a 4 horas, ou de hora em hora
  1229. nos casos mais severos (para diarréias). Este chá pode ser utilizado para
  1230. preparar o soro caseiro, basta adicionar sal e açúcar nas quantidades
  1231. recomendadas, que deve ser fornecido para crianças com diarréia (antidiarréico
  1232. e reidratante). Em gargarejos e bochechos, a infusão atua nas inflamações da
  1233. boca e garganta.
  1234. GUACO (Mikania glomerata Spreng.)
  1235. Indicações: tem efeito broncodilatador, comprovado. É um
  1236. antisséptico das vias respiratórias, expectorante, antiasmático, febrífugo,
  1237. sudorífico, anti-reumático e cicatrizante.
  1238. Parte usada: folhas ou planta florida.
  1239. Preparo e dosagem:
  1240. - infusão - 2 xíc.
  1241. de cafezinho de folhas frescas em ½ l d'água 1 xíc. de chá 4 vezes ao dia
  1242. (reumatismo e problemas das vias respiratórias).
  1243. - xarope - fazer a
  1244. decocção com 15-20 folhas de guaco em 100 ml de água, adicionar folhas de poejo
  1245. ou assa-peixe e gengibre ralado ( 1 colher de chá), cobrir e deixar esfriar,
  1246. juntar 150 a
  1247. g de
  1248. açúcar ou rapadura e dissolver. Tomar 1 a 2 colheres de sopa 2 a 3 vezes ao dia, para
  1249. crianças fornecer a metade da dose (crises de tosse).
  1250. Outros usos: é utilizada contra picada de cobras e insetos.
  1251. Toxicologia: pode causar vômitos e diarréia quando usado em
  1252. excesso.
  1253. HORTELÃ-COMUM (Mentha X villosa)
  1254. Indicações: digestivo, estimulante e tônico geral, carminativo,
  1255. antiespasmódico, estomáquico, expectorante, antisséptico, colerético e
  1256. colagogo, vermífugo (giardia/ameba e lombrigas).
  1257. Parte usada: folhas frescas ou secas.
  1258. Preparo e dosagem:
  1259. - bala - tomar 800 g de açúcar, ¼ litros de
  1260. água filtrada e o sumo da hortelã. Coloque a água e o açúcar para ferver até
  1261. atingir o ponto de bala. Adicione o sumo e a bala está pronta (vermífugo e
  1262. expectornte).
  1263. - infusão - 5 ou 10 g de folhas picadas, secas
  1264. ou frescas respectivamente, em 1
  1265. l d'água, tomar 1 xíc. de chá 3 vezes ao dia (uso
  1266. interno, exceto como vermífugo).
  1267. - folhas frescas -
  1268. ingerir 10 a
  1269. folhas por dia, em 3 doses junto às refeições, por 5 a 10 dias (vermífugo).
  1270. - pó - triturar
  1271. folhas secas e peneirar, misturar uma colher de café do pó com mel, e tomar 3
  1272. vezes ao dia, por 7 dias. Para crianças utiliza-se a metade da dose
  1273. (vermífugo).
  1274. - vermífugo com
  1275. alho - amassar 3 a
  1276. folhas frescas com um dente de alho, colocar numa xícara, acrescentar água
  1277. fervente, tampar e deixar esfriar, coar e servir a uma criança 1 vez por dia,
  1278. /2 hora antes do café da manhã, durante 5 dias.
  1279. Toxicologia: pode causar insônia, se tomado antes de dormir, ou em
  1280. uso prolongado.
  1281. MACAÉ (Leonurus sibiricus)
  1282. Indicações: estomáquico, febrífugo, anti-reumático, eupépico,
  1283. contra vômitos e gastrinterite. As flores são usadas para bronquite e
  1284. coqueluche.
  1285. Parte usada: folhas e flores.
  1286. Preparo e dosagem:
  1287. - infusão - 20 g de folhas ou flores secas
  1288. em ½ litro d'água, tomar 3 vezes ao dia.
  1289. - uso externo -
  1290. friccionar as folhas sobre as partes afetadas (anti-reumático).
  1291. - xarope - colocar
  1292. um punhado das folhas e flores picadas em 1 xíc. de cafezinho de água fervente,
  1293. abafar, coar, adicionar 2 xíc. (café) de açúcar, homogeneizar. Para adultos
  1294. fornecer uma colher (sopa), 3 vezes por dia, crianças devem tomar uma colher de
  1295. chá 3 vezes ao dia.
  1296. - tintura -
  1297. misturar duas xíc. (café) de álcool de cereais e 1 xíc. (café) de água com um
  1298. punhado da erva picada, deixar em maceração por 7 dias, agitar sempre, coar,
  1299. armazenar em vidro escuro. Tomar 1 colher (chá) diluída em água. Pode ser
  1300. aplicada em articulações inflamadas.
  1301. Outros usos: insetífugo
  1302. MARACUJÁ (Passiflora edulis)
  1303. Indicações: é utillizada contra inquietações nervosa, irritação
  1304. frequente e contra insônia.
  1305. Parte usada: folhas.
  1306. Preparo e dosagem:
  1307. - infusão - na
  1308. dose de 4 a
  1309. xíc. de chá, toma-se 1 a
  1310. xícaras à noite.
  1311. MESTRATO (Ageratum conyzoides L.)
  1312. Indicações: anti-reumática (uso externo), antidiarrético,
  1313. febrífuga, antinflamatória, carminativa, emanagogo, tônica, útil contra
  1314. resfriados e para cólicas menstruais.
  1315. Parte usada: toda a planta.
  1316. Preparo e dosagem:
  1317. - infusão -
  1318. (cólicas menstruais) 1 xíc. de cafezinho da planta seca picada em ½ l de
  1319. água, tomar 1 xíc. de chá de 4 em 4 horas.
  1320. - tintura - 1 xíc.
  1321. de cafezinho da planta fresca para 5 xíc. de álcool, tomar 10 gotas em água 2
  1322. vezes ao dia (cólicas) ou aplicar em massagens locais (reumatismo/artrose).
  1323. - pó - colocar 1
  1324. colher das de café do pó em água ou suco de frutas para cada dose a ser tomada,
  1325. tomar 3 a
  1326. vezes ao dia (artrose).
  1327. - decocção (uso
  1328. externo) - cozinhar a planta inteira e despejar o chá morno numa vasilha,
  1329. colocar os pés ou mãos dentro durante 20 minutos, 2 vezes ao dia. Ou usá-lo sob
  1330. a forma de compressas, 2 vezes ao dia (reumatismo e artrose).
  1331. Outros usos: apresenta atividade contra insetos hemípteros
  1332. (precocenos).
  1333. Toxicologia: sem efeitos tóxicos nos estudos realizados.
  1334. MIL-FOLHAS (Achilea millefolium L.)
  1335. Indicacões: antiespasmódico, estomáquico e expectorante. Contra
  1336. distúrbio digestivos (dispepsia) e úlceras internas, varises, cólicas
  1337. menstruais, amenorréia, celulite e hemorróidas. Cicatrizante, antinflamatório e
  1338. anti-reumático (uso externo).
  1339. Parte usada: folhas e inflorescências.
  1340. Preparo e dosagem
  1341. - infusão - 1 a 2 colheres de sopa da
  1342. planta seca em 1 xíc. de água, tomar 1 a 2 xíc., de chá ao dia (uso interno).
  1343. - decocção - uso
  1344. externo para lavar feridas, ulcerações e hemorróidas, sob a forma de
  1345. compressas.
  1346. - sumo - preparado
  1347. com a planta fresca previamente lavada, colocado sobre ferimentos e ulcerações.
  1348. Toxicologia: existem referências que tratam de sua possível ação
  1349. tóxica nos animais domésticos.
  1350. PATA -DE-VACA (Bauhinia fortificata Link.)
  1351. Indicações:hipogliceminante (antidiabético), purgativo e
  1352. diurético. Para problemas do aparelho urinário.
  1353. Parte usada:folhas, flores e raízese/ou cascas do tronco.
  1354. Preparo e dosagem:
  1355. - infusão - 2 xíc.
  1356. de cafezinho da folha picada em ½ l de água ou 1 folha picada por xíc. de
  1357. chá, tomar 4 a
  1358. xíc. de chá ao dia (diabetes*).
  1359. - infusão - flores
  1360. (purgativo).
  1361. - pó -feito com
  1362. cascas e folhas secas. Usar na forma de decocção, com uma colher se sopa em 150
  1363. ml de água (1 xíc.). Tomar ½ a 1 xíc. de chá ao dia.
  1364. Toxicologia: sem referências.
  1365. _______________________________________
  1366. * Não interromper a dieta específica para diabetes.
  1367. POEJO (Mentha pulleglum)
  1368. Indicações: carminativo, digestivo, vermífugo,expectorante,
  1369. antisséptico, antiespasmódico, emenagogo e para hidropsia.
  1370. Parte usada: toda a planta.
  1371. Preparo e dosagem:
  1372. - infusão - 20 g de planta fresca em 1 l de água, ou 4 a 5 g por xíc. de chá, ou, ainda,
  1373. a 2 g da planta seca por xíc. de
  1374. chá, tomar 1 a
  1375. xíc. por dia. O infuso se tomado 10 min. antes das refeições, juntamente com
  1376. o suco de ½ limão, estimula as funções gástricas.
  1377. Outros usos: serve para afugentas pulgas e mosquitos.
  1378. Toxicologia: a pulegona é citada por possuir efeito tóxico em altas
  1379. doses. Devido à presença do borneol, não se recomenda o uso de planta por
  1380. grávidas, especialmente nos 3 primeiros meses.
  1381. QUEBRA-PEDRA (Phyllanthus niruri L.)
  1382. Indicações: diurética, fortificante do estômago, aperiente, para
  1383. cistite, anti-infeccioso das vias urinárias, para hipertensão
  1384. arterial(diurético). A ação analgésica e relaxante muscular de seus alcalóides,
  1385. ajuda na expulsão dos cálculos renais, por atuar no relaxamento dos uréteres.
  1386. Parte usada: toda a planta.
  1387. Preparo e dosagem:
  1388. - infusão - 1
  1389. xícara de cafezinho da planta fresca picada em ½ l d'água, tomar 1 xíc. de
  1390. chá 6 vezes ao dia (uso geral).
  1391. - decocção - 2
  1392. plantas inteiras em ½ litro d'água, tomar várias vezes ao dia, suspender por
  1393. duas semanas o uso, do decocto após 10 dias de uso contínuo (relaxamento dos
  1394. uréteres).
  1395. Toxicologia: abortiva e purgativa em dosagens acima das normais.
  1396. TANCHAGEM (Plantago sp.)
  1397. Indicações: expectorante, antidiarréico (folha), cicatrizante,
  1398. adistrigente, emoliente e depurativo. Usada no tratamento da inflamações
  1399. bucofaringeanas, dérmicas, gastrintestinais e das vias urinárias. As sementes
  1400. são laxativas.
  1401. Parte usada: toda a planta.
  1402. Preparo e dosagem:
  1403. - infusão - 1 xíc.
  1404. de cafezinho de folhas frescas picadas em ½ l d'água, tomar 1 xíc. de chá a
  1405. cada 6 horas para infecções bucofaringeanas e 1 xíc. a cada 8 horas para
  1406. problemas gastrintestinais.
  1407. - gargarejo - acrescentar
  1408. à infusão 1 colher de sopa de sal comum, gargarejar 3 vezes ao dia.
  1409. - infusão -
  1410. utilizar 1 colher (sopa) de sementes em 1 copo de água fervente. Deixar uma
  1411. noite em maceração. No
  1412. dias seguinte, em jejum, tomar o copo (laxante suave).
  1413. - cataplasma -
  1414. colocar as folhas frescas amassadas sobre feridas, para favorecer a
  1415. cicatrização.
  1416. Toxicologia: sem referências bibliográficas.
  1417. *************************************************************************************
  1418. PARTE IV - PREPARO E USO DE
  1419. FITOTERÁPICOS
  1420. FORMAS DE PREPARO E USO
  1421. BANHO: Faz-se uma infusão ou decocção (veja a
  1422. seguir) mais concentrada que deve ser coada e misturada na água do banho. Outra
  1423. maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano firme e deixar boiando
  1424. na água do banho. Os banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são
  1425. normalmente indicados 1 vez por dia.
  1426. CATAPLASMA: São obtidas por diversas formas:
  1427. a) amassar as
  1428. ervas frescas e bem limpas, aplicar diretamente sobre a parte afetada ou
  1429. envolvidas em um pano fino ou gase;
  1430. b) as ervas secas
  1431. podem ser reduzidas a pó, misturadas em água, chás ou outras preparações e
  1432. aplicadas envoltas em pano fino sobre as partes afetadas;
  1433. c) pode-se ainda
  1434. utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água, geralmente quente, com a
  1435. planta fresca ou seca triturada.
  1436. COMPRESSA: É uma preparação de uso local (tópico) que
  1437. atua pela penetração dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos,
  1438. chumaços de algodão ou gase embebidos em um infuso concentrado, decocto, sumo
  1439. ou tintura da planta dissolvida em água. A compressa pode ser quente ou fria.
  1440. Outra forma é
  1441. molhar a ponta de uma toalha e colocar no local afetado, cobrindo com a outra
  1442. ponta da toalha seca, para conservar o calor.
  1443. DECOCÇÃO: Preparação normalmente utilizada para
  1444. ervas não aromáticas (que contém princípios estáveis ao calor) e para as drogas
  1445. vegetais constituídas por sementes, raízes,cascas e outras partes de maior
  1446. resistência à ação da água quente. Numa decocção, coloca-se a parte da planta
  1447. na quantidade prescrita de água fervente. Cobre-se e deixa-se ferver em fogo
  1448. baixo por 10 a
  1449. minutos. A seguir deve-se coar e espremer a erva com um pedaço de pano de ou
  1450. coador. O decocto deve ser utilizado no mesmo dia de seu preparo.
  1451. GARGAREJO: Usado para combater afecções da garganta,
  1452. amigdalites e mau hálito. Faz-se uma infusão concentrada e gargareja quantas
  1453. vezes for necessário. Ex.: Sálvia (máu hálito), tanchagem, malva e romã
  1454. (amigdalites e afecções na boca).
  1455. INALAÇÃO: Esta preparação utiliza a combinação do
  1456. vapor de água quente com aroma das substâncias voláteis das plantas aromáticas,
  1457. é normalmente recomendada para problemas do aparelho respiratório. Colocar a
  1458. erva a ser usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de
  1459. sopa da erva fresca ou seca em ½ litro d'água, aspirar lentamente (contar até
  1460. durante a inspiração e até 3 quando expelir o ar), prosseguir assim
  1461. ritmicamente por 15 minutos. O recipiente pode ser mantido no fogo para haver
  1462. contínua produção de vapor. Usa-se um funil de cartolina (ou outro papel duro);
  1463. ou ainda uma toalha sobre os ombros, a cabeça e a vasilha, para facilitar a
  1464. inalação do vapor. No caso de crianças deve-se ter muito cuidado, pois há
  1465. riscos de queimaduras, pela água quente e pelo vapor, por isso é recomendado o
  1466. uso de equipamentos elétricos especiais para este fim.
  1467. INFUSÃO: Preparação utilizada para todas as partes
  1468. de plantas medicinais ricas em componentes voláteis, aromas delicados e
  1469. princípios ativos que se degradam pela ação combinada de água e do calor.
  1470. Normalmente, trata-se de partes das plantas tais como flores botões e folhas.
  1471. As infusões são obtidas fervendo-se a água necessária, que é derramada sobre a
  1472. erva já separada, colocada noutro recipiente. Após a mistura, o recipiente
  1473. permanece tampado por um tempo variável entre 5 e 10 minutos. Deve-se coar o
  1474. infuso, logo após o término do repouso. Também o infuso deve ser ingerido no
  1475. mesmo dia da preparação.
  1476. MACERAÇÃO: Preparação (realizada a frio) que consiste
  1477. em colocar a parte da planta medicinal dentro de um recipiente contendo álcool,
  1478. óleo, água ou outro líquido. Folhas, flores e outras partes tenras ficam
  1479. macerando por 18 a
  1480. horas. Plantas onde há possibilidade de fermentações não devem ser
  1481. preparadas desta forma.O recipiente permanece em lugar fresco, protegido da luz
  1482. solar direta, podendo ser agitado periodicamente. Findo o tempo previsto,
  1483. filtra-se o líquido e pode-se acrescentar uma quantidade de diluente (água por
  1484. exemplo), se achar necessário para obter um volume final desejado.
  1485. ÓLEOS: São feitos na impossibilidade de fazer
  1486. pomadas ou compressas. As ervas secas ou frescas são colocadas em um frasco
  1487. transparente com óleo de oliva, girassol ou milho, depois manter o frasco
  1488. fechado diretamente sob o sol por 2
  1489. a 3 semanas. Filtrar ao final e separar uma possível camada
  1490. de água que se formar. Conservar em vidros que o protejam da luz.
  1491. PÓS: A planta é seca o suficiente para permitir
  1492. sua trituração com as mãos, peneirar e frasco bem fechado. As cascas e raízes
  1493. devem ser moídas até se transformarem em pó. Internamente
  1494. pode ser misturado ao leite ou mel e externamente, é espalhado diretamente
  1495. sobre o local ferido ou misturado em óleo, vaselina ou água antes de aplicar.
  1496. SUCO OU SUMO: Obtém-se o suco espremendo-se o fruto e o
  1497. sumo ao triturar uma planta medicinal fresca num pilão ou em liquidificadores e
  1498. centrífugas. O pilão é mais usado para as partes pouco suculentas. Quando a
  1499. planta possuir pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de
  1500. água e triturar novamente após uma hora de repouso, recolher então o líquido
  1501. liberado. Como as anteriores, esta preparação também deve ser feita no momento
  1502. do uso.
  1503. TINTURA: Maneira mais simples de conservar por
  1504. longo período os princípios ativos de muitas plantas medicinais. Deixam-se
  1505. macerar 250 g
  1506. da planta fresca picada em 500 ml de álcool a 80 ou 90% por um período variável
  1507. entre 8 e 10 dias em local protegido da luz solar, a seguir espremer e filtrar
  1508. o composto obtido. No caso de ervas secas, utiliza-se 250 a 300 g de ervas para um litro
  1509. de álcool a 70% (7 partes de álcool e 3 de água). Quando possível utilize o
  1510. álcool de cereais. Conserve sempre ao abrigo da luz em frasco tampado. Usa-se
  1511. na forma de gotas dissolvidas em água para uso interno, ou em pomadas,
  1512. unguentos e fricções em uso externo. Os príncipios ativos presentes nas
  1513. tinturas alcançam rapidamente a circulação sanguínea.
  1514. UNGÜENTO E POMADA: A pomada pode ser preparada com o sumo da
  1515. erva ou chá mais concentrado misturado com a banha animal, gordura de coco ou
  1516. vaselina na forma líquida. Pode-se ainda aquecer as ervas na gordura depois
  1517. coar e guardar em frascos tampados e, ainda, pode ser adicionada a tintura à
  1518. vaselina. Pode-se adicionar um pouco de cera de abelha nas preparações a quente
  1519. da pomada. As pomadas permanecem mais tempo sobre a pele, devem ficar usadas a
  1520. frio e renovadas 2 a
  1521. vezes ao dia.
  1522. VINHO MEDICINAL: Usar vinho branco, tinto ou licoroso com
  1523. graduação alcoólica de aproximadamente 11 GL. Usar 5g de ou mais ervas (ou a
  1524. dosagem indicada) para cada 100 ml de vinho. Macerar bem, tampar e deixar em
  1525. local escuro, ao abrigo da luz por um período de 10 a 15 dias. Filtra-se o
  1526. preparado. Toma-se uma colher antes ou depois das refeições, ou conforme
  1527. indicações, segundo os efeitos desejados.
  1528. XAROPE: Os xaropes são utilizados normalmente nos
  1529. casos de tosses, dores de garganta e bronquite. Na sua preparação, faz-se
  1530. inicialmente uma calda com açúcar cristal rapadura, na proporção de 1.5 a 2 partes para cada 1
  1531. parte de água, em voluma, por exemplo, 1.5 a 2 xícara de açúcar ou repadura ralada. A
  1532. mistura é levada ao fogo e, em poucos minutos há completa dissolução e a calda
  1533. estará pronta, com maior ou menor consistência, conforme desejado, então são
  1534. adicionadas as plantas preferencialmente frescas e picadas, coloca-se em fogo
  1535. baixo e mexe-se por 3 a
  1536. minutos, findos os quais o xarope é coado e guardado em frasco de vidro. Se
  1537. for desejada a adição de mel ou em substituição ao açúcar, não se deve aquecer,
  1538. neste caso adiciona-se apenas o suco da planta ou a decocção ou infusão frios.
  1539. O xarope pode ser preparado com tinturas, neste caso adiciona-se 1 parte de
  1540. tintura para 3 partes da mesma calda com açúcar ou rapadura. As decocções podem
  1541. ainda servir de base para o xarope, neste caso adiciona-se o açúcar diretamente
  1542. nas mesmas, podendo submeter a leve aquecimento para facilitar a dissolução do
  1543. açúcar. A quantidade de plantas a ser adicionada em cada xarope é variável
  1544. segundo a espécie vegetal. O xarope pode ser guardado por até 15 dias na
  1545. geladeira, mas se forem observados sinais de fermentação, ele deve ser
  1546. descartado, no caso dos xaropes preparados com tinturas, o período de
  1547. conservação tende a ser maior. O uso de gotas de tintura de própolis no xarope
  1548. serve como conservante, além de auxílio terapêutico. Obviamente, os xaropes,
  1549. devido à grande quantidade de açúcar, não devem ser usados por diabéticos.
  1550. De um modo em
  1551. geral, o horário em que se toma os preparados fitoterápicos é muito importante
  1552. para a cura ou efeitos desejados. Assim tem-se as seguintes regras gerais:
  1553. desjejum ou café
  1554. da manhã - toma-se os laxativos, depurativos, diuréticos e vermífugos (meia
  1555. hora antes) ;
  1556. duas horas antes
  1557. e depois das refeições principais - toma-se as preparações antireumáticas,
  1558. hepatoprotetoras, neurotônicas, contra a febre e tosse;
  1559. meia hora antes
  1560. das refeições principais - preparações tônicas e antiácidas;
  1561. depois das
  1562. refeições principais - todas as preparações digestivas e contra gases;
  1563. antes de deitar
  1564. - todosa os preparados protetores do fígado e laxativos.
  1565. As dosagens dos
  1566. remédios caseiros são variáveis de acordo com a idade, na ausência de
  1567. recomendações específicas para os chás, utilize as indicadas a seguir:
  1568. Menor de 1 ano
  1569. de idade: 1 colher de café do preparado 3 vezes ao dia
  1570. De 1 a 2 anos: ½ xíc. de chá 2
  1571. vezes ao dia
  1572. De 2 a 5 anos: ½ xíc. de chá 3
  1573. vezes ao dia
  1574. De 5 a 10 anos: ½ xíc. de chá 4
  1575. vezes ao dia
  1576. De 10 a 15 anos: 1 xíc. de chá 3
  1577. vezes ao dia
  1578. Adultos: 1 xíc.
  1579. de chá 3 a
  1580. vezes ao dia
  1581. Outra recomendação
  1582. se refere à redução proporcional das doses para crianças de acordo com a idade,
  1583. assim se recomenda uma sexta, uma terça ou meia parte da dose preconizada para
  1584. adultos.
  1585. Para facilitar as
  1586. preparações na Tabela II estão as unidades domésticas de volume e respectivos
  1587. pesos:
  1588. TABELA II -
  1589. Unidade de volume com pesagens
  1590. UNIDADES DE VOLUME
  1591. PESO - g
  1592. colher de chá de
  1593. raízes secas 04
  1594. colher de chá de
  1595. folhas frescas 02
  1596. colher de chá de
  1597. raízes ou cascas secas 20
  1598. colher de sopa
  1599. de folhas secas 02
  1600. colher de sopa
  1601. de folhas frescas 05
  1602. GLOSSÁRIO
  1603. Abcesso. Inchação causada por formação de pus ou acúmulo de pus numa cavidade.
  1604. Ácido Úrico. Ácido que, geralmente, é eliminado do organismo pela
  1605. urina, mas que, em casos patológicos, forma grandes depósitos nas articulações
  1606. (gota) ou nas vias urinárias (cálculos).
  1607. Acolia. Falta ou interrupção da secreção biliar .
  1608. Adenite. Inflamação das glândulas.
  1609. Adstringente. Agente que diminui ou impede a secreção ou absorção,
  1610. causa sensação de secura e aspereza na boca.
  1611. Afecção. Doença.
  1612. Albuminúria. Emissão de urina contendo albumina.
  1613. Amenorréia. Ausência de menstruação.
  1614. Analgésico. Agente que acalma ou impede a dor.
  1615. Ancilose. Diminuição ou privação do movimento numa articulação.
  1616. Ancilostomíase. Verminose intestinal.
  1617. Anestésico. Agente que abranda ou tolhe a sensibilidade.
  1618. Aneurisma. Tumor formado no trajeto de uma artéria.
  1619. Angina. Inflamação intensa das mucosas da face, laringe e traquéia.
  1620. Anexite. Inflamação dos anexos do útero (trompas e ovários).
  1621. Anorexia. Ausência de apetite.
  1622. Antiácido. Que neutraliza a ação dos ácidos.
  1623. Antiartrítico. Que combate o artritismo (predisposição às afecções
  1624. articulares) .
  1625. Antidiarréico. Agente que evita ou combate a diarréia.
  1626. Antiemético. Que previne vômito.
  1627. Antiescobúrtico. Agente que combate o escorbuto.
  1628. Antiescrofuloso. Agente que combate os tumores da tuberculose.
  1629. Antiespasmódico. Que age contra espasmos e dores agudas.
  1630. Antiflogístico. Que combate ou suprime febre e inflamações.
  1631. Antihelmíntico. Vermífugo.
  1632. Anti-hemorrágico. Que favorece a coagulação do sangue.
  1633. Antilítico. Previne a formação de cálculo no sistema urinário e
  1634. colabora na sua remoção.
  1635. Antimicrobiano. Agente que destroi microorganismos.
  1636. Antipirético. Que diminui a temperatura corporal em estados febris.
  1637. Antisséptico. Que age contra infecções, destruindo ou inibindo a
  1638. proliferação de microorganismos patogênicos.
  1639. Antitérmico. Febrífugo.
  1640. Antraz. Aglomeração de furúncúlos.
  1641. Anúria. Diminuição ou supressão da secreção urinária.
  1642. Aperiente. Que estimula o apetite.
  1643. Apoplexia. Hemorragia cerebral que determina a suspensão da
  1644. sensibilidade do movimento.
  1645. Arteriosclerose. Degeneração e endurecimento das artérias, produzindo
  1646. distúrbios circulatórios e alterações nos órgãos, com enfraquecimento das
  1647. artérias cerebrais e decadência psíquica.
  1648. Artrite. Inflamação de uma ou mais articulações.
  1649. Ascaridiose. Verminose intestinal.
  1650. Ascite. Acúmulo de líquido na cavidade abdominal; barriga d'agua.
  1651. Astenia. Debilidade geral do corpo.
  1652. Bacteriostático. Antisséptico, que impede o desenvolvimento de
  1653. bactérias.
  1654. Balsâmico. Que combate as inflamações das mucosas das vias
  1655. respiratórias.
  1656. Béquico. Que combate a tosse, antitussígeno.
  1657. Blefarite. Inflamação localizada nas pálpebras.
  1658. Blenorragia. Infecção purulenta das menbranas mucosas,
  1659. especialmente da uretra e da vagina; blenorréia ou gonorréia.
  1660. Calmante. O mesmo que sedativo.
  1661. Caquexia. Estado de desnutrição profunda, produzido por diversas causas.
  1662. Carcinoma. Tumor maligno constituido por células epiteliais.
  1663. Cardialgia. Dor aguda no coração.
  1664. Cardiotônico. Que estimula e regula as contrações cardíacas.
  1665. Carminativo. Agente que favorece e provoca a expulsão de gases
  1666. intestinais.
  1667. Catártico. Purgante mais energético que o laxante e menos
  1668. drástico.
  1669. Cefaléia. Dor de cabeça.
  1670. Cirrose. Endurecimento de um órgão em consequência de aumento de tecido
  1671. conjuntivo.
  1672. Cistite. Inflamação da bexiga urinária.
  1673. Clíster. Injeção de água pura ou medicamento no intestino, através do reto.
  1674. Clorose. Tipo de anemia peculiar à mulher.
  1675. Colagogo. Que provoca e favorece a expulsão da bílis.
  1676. Colerético. Agente que aumenta a produção de bílis.
  1677. Colutório. Líquido medicamentoso para as mucosas bucais.
  1678. Convulsão. Contração muscular bruta e involuntária.
  1679. Defluxo. Coriza ou catarro nasal.
  1680. Depurativo. Medicamento que libera o organismo e o sangue de
  1681. substâncias tóxicas, através da urina, fezes ou suor.
  1682. Desobstruente. Agente que combate as obstruções intestinais e
  1683. hepáticas.
  1684. Detersivo. Que serve para limpar feridas e chagas, purificador.
  1685. Diaforético. Que provoca e favorece a sudorese (transpiração).
  1686. Dispepsia. Dificuldade em digerir.
  1687. Dispnéia. Dificuldade em respirar.
  1688. Disúria. Expulsão dolorosa da urina.
  1689. Diurético. Que provoca a eliminação abundante de urina.
  1690. Eczema. Doença da pele, com avermelhamento e prurido.
  1691. Edema. Acúmulo patológico de líquido proveniente do sangue.
  1692. Emenagogo. Que restabelece o fluxo menstrual.
  1693. Emético. Que provoca vômito.
  1694. Emoliente. Medicamento que avalia as dores de uma superficie
  1695. interna e irritada.
  1696. Enterite. Inflamação intestinal.
  1697. Espitaxe. Derramamennto de sangue pelas fossas nasais.
  1698. Epitelioma. Tumor epitelial.
  1699. Erisipela. Inflamação aguda da pele que provoca seu
  1700. enrubescimento.
  1701. Escorbuto. Doença devido à carência de vitamina C.
  1702. Escrofulose. Estado de quem tem escrófulas (tuberculose das
  1703. glâdulas linfáticas acompanhada de abcessos supurantes).
  1704. Espasmolítico. Antiespasmódico.
  1705. Estimulante. Excita a atividade nervosa e vascular.
  1706. Estomático. Que cura doeças da boca.
  1707. Eupéptico. Estomáquico.
  1708. Exantema. Qualquer erupção cutânea.
  1709. Expectorante. Quando exerce ação sobre as vias respiratórias
  1710. ajudando a expulsar o catarro dos canais bronquiais.
  1711. Febrífugo. Antipirético .
  1712. Fitoterapia. Tratamento das doenças com utilização de remédios de
  1713. origem vegetal, isto é, por meio de drogas vegetais secas ou partes vegetais
  1714. recém colhidas e seus extratos naturais.
  1715. Fratulência. Acúmulo de gases no tubo degestivo.
  1716. Gota. Reumatismo decorrente do excesso de ácido úrico no sangue.
  1717. Galactagogo. Agente que provoca ou aumenta a secreção do leite.
  1718. Hematúria. Emissão, pela uretra, de sangue puro ou misturado com
  1719. a urina.
  1720. Hemoptise. Eliminação pela boca de sangue originado dos pulmões
  1721. Hemostático. Agente que evita hemorragias.
  1722. Hidropisia. Acúmulo do soro nas células ou numa cavidade do
  1723. corpo.
  1724. Hipercolesteromia. Alto nível de colesterol no sangue.
  1725. Hiperemia. Grande quantidade de sangue em qualquer parte do
  1726. corpo.
  1727. Hipertrigliceridomia. Grande quantidade de triglicerídeos na corrente
  1728. sanguínea.
  1729. Hipocondria. Estado mental caracterizado por depressão e por
  1730. doentia preocupação com o funcionamento dos órgãos.
  1731. Hipoglicemiante. Que diminui a taxa de glicose do sangue.
  1732. Hipotensor. Que diminui a pressão arterial.
  1733. Histeria. Psiconeurose que pode se manisfestar por reações exteriores de
  1734. agitação ou simulação de sintomas orgânicos diversos.
  1735. Impingem. Moléstia de pele, contagiosa, aguda, caracterizada por formar
  1736. vesículas.
  1737. Laxativo. Vide purgativo.
  1738. Leucorréia. Secreção branca vaginal ou uterina.
  1739. Linfagite. Inflamação dos vasos linfáticos.
  1740. Meteorismo. Formação de gases que provocam inchaços e dores.
  1741. Metrorragia. Hemorragia uterina.
  1742. Panarício. Inflamação das partes moles que circundam a falange,
  1743. normalmente purulenta.
  1744. Peitoral. Que cura doenças do aparelho respiratório.
  1745. Princípio ativo. Composto químico encontrado na planta medicinal,
  1746. responsável por seu poder terapêutico.
  1747. Purgativo. Substância que causa forte evacuação intestinal.
  1748. Resolutivo. Que faz cessar uma inflamação.
  1749. Retite. Inflamação do reto (última parte do intestino grosso).
  1750. Revulsivo. Medicamento que provoca aumento do fluxo sanguíneo.
  1751. Rubefaciente. Que provoca vermelhidão.
  1752. Sedativo. Agente tranquilizante do sistema nervoso central, sem provocar sono ou
  1753. analgesia.
  1754. Sialagogo. Que provoca salivação.
  1755. Terçol. Pequeno abcesso na borda das pálpebras.
  1756. Tônico.Medicamento que excita a atividade orgânica, diminuindo a fadiga.
  1757. Uremia. Intoxicação provocada pela retenção das substâncias que deviam ser
  1758. eliminadas na urina.
  1759. Vesicatória. Substância que produz vesículas.
  1760. Vulnerário. Que cura feridas e chagas, favorece a cicatrização.
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